Trechos do depoimento de Tonna, um dos principais envolvidos no escândalo financeiro da companhia, foram publicados pelo jornal ontem – o depoimento foi feito no dia 14 de janeiro.
Ele afirmou ainda que as operações na América do Sul e China foram supervalorizadas e que suspeitava que dirigentes dessas duas regiões fizessem caixa dois (mantivessem contas escondidas).
O ex-executivo também fez acusações contra dirigentes específicos da Parmalat na Itália e na América Latina, afirmando que eles escondiam rombos nas contas da empresa desde 1999.
De acordo com Tonna, já nesse ano, perdas da ordem de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 9 bilhões) estavam sendo acobertadas por alguns executivos.
Ele cita Domenico Barile, na Itália, e Gianni Grisendi, dirigente na América Latina, como responsáveis por parte das fraudes.
Benefícios
Tonna é um dos principais executivos da Parmalat a ter suas declarações publicadas pela imprensa italiana. Com a investigação em andamento, as declarações não foram nem confirmadas nem rechaçadas pela Justiça do país. Tampouco se sabe o que está dizendo aos investigadores Calisto Tanzi, ex-presidente e fundador da Parmalat.
No caso do Brasil, o jornal não dá mais detalhes sobre as acusações feitas pelo ex-executivo. Tonna está preso desde o dia 31 de dezembro e era o braço direito de Tanzi na Parmalat. Depois de preso, ele decidiu colaborar com as investigações.
