A Parmalat apresentou ontem ao Ministério da Indústria da Itália o plano de reestruturação da companhia, que acumula dívidas estimadas em cerca de 14 bilhões de euros. O plano – elaborado pelo interventor da Parmalat, Enrico Bondi – deverá agora ser analisado pelo governo italiano.
Entre as propostas para recuperação financeira da empresa, está a redução das operações da Parmalat no mundo.
A idéia é concentrar as atividades da empresa na Europa e América do Norte, desativando as unidades latino-americanas e asiáticas.
No entanto, a Parmalat Brasil ficaria de fora do plano de reestruturação mundial da companhia. Espera-se que a Justiça defina até 2 de julho se aceita ou não o pedido de concordata protocolado pela Parmalat Brasil.
Procurado pela reportagem, o presidente da Parmalat Brasil, Nelson Bastos, não foi encontrado para comentar o plano da empresa.
A dívida líquida da Parmalat, gigante mundial do setor de laticínio, hoje em concordata e sob intervenção do governo, é oito vezes maior do que se conhecia, informou a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers.
Os auditores apuraram uma dívida de 14,3 bilhões de euros. O balanço de setembro da Parmalat indicava uma dívida líquida de apenas 1,8 bilhão de euros.
Segundo o ministro da Indústria italiano, Antonio Marzano, o plano da Parmalat prevê que a companhia volte a lucrar a partir de 2005 ou 2006.