O Parlamento do Japão aprovou hoje um pacote econômico que tem o objetivo de recolocar nos trilhos o plano de revitalização econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, mas o líder japonês já está sendo pressionado a conceder mais estímulos.
O programa aprovado prevê cerca de 3,3 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões) em gastos adicionais, elevando o total orçado para o atual ano fiscal, que se encerra em março de 2017, a 100 trilhões de ienes, o que representa uma alta de quase 2% em relação ao ano anterior.
Um importante assessor de Abe e alguns economistas dizem que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) está basicamente oferecendo recursos ilimitados ao governo sem a cobrança de juros. Já opositores da ideia dizem que emitir mais dívida para financiar novos estímulos pode sugerir que o Japão perdeu sua disciplina fiscal.
Os apelos de que o governo precisa tomar novas medidas vieram depois da decisão do BoJ, em 21 de setembro, de estabelecer uma meta de juro zero para bônus federais conhecidos como JGBs, em vez de estipular um volume específico de dívida a ser comprada.
Na teoria, isso significa que o governo pode emitir quantos JGBs de 10 anos quiser sem pagar juros, uma vez que a política do BoJ o obriga a comprar a quantidade de bônus que for necessária para manter o juro em zero.
Embora do ponto de vista técnico o BoJ tenha de comprar JGBs do mercado e não diretamente do governo, a situação é semelhante a um processo de monetização, em que um governo paga suas contas com dinheiro novo criado pelo banco central. Fonte: Dow Jones Newswires. Fonte: Dow Jones Newswires.