Parlamento grego deve votar novas medidas de austeridade no fim de semana

Parlamentares gregos estão prontos para votar mais medidas de austeridade orçamentária no domingo, em tempo para a reunião de ministros de Finanças da zona do euro, que discutirão se devem ou não liberar mais fundos de resgate financeiro para o país endividado.

A expectativa é que a nova lei tenha um aumento nos impostos. No setor de consumo, haveria um aumento de 23% para 24%, além de crescentes alíquotas na gasolina, estadias de hotel, álcool e tabaco.

Também é esperado que a lei tenha detalhes sobre o contingenciamento orçamentário, que iria automaticamente entrar em vigor, caso a Grécia não atingisse determinados objetivos exigidos como contrapartida dos financiamentos.

“A legislação será submetida ao Parlamento na quarta-feira, permitindo que a votação ocorra no domingo”, afirmou nesta terça-feira a porta-voz do governo, Olga Gerovassili.

Os ministros das finanças da zona do euro devem se encontrar na próxima terça-feira (24) para discutir se a Grécia fez progressos suficientes nas reformas exigidas pelo terceiro pacote de resgate financeiro internacional, e para avaliar se novos empréstimos podem ser liberados. O tempo está ficando curto para a Grécia, que se vê com dificuldades de pagar a prestação da dívida em julho, sem novo financiamento.

As negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE), o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) e a Comissão Europeia sobre o desempenho da Grécia vêm se arrastando por meses entre discordâncias sobre a sustentabilidade da dívida do país e medidas de contingenciamento.

O governo grego de coalizão de esquerda, inicialmente, se opôs a qualquer uma das exigências para o resgate financeiro, mas o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, deixou de lado sua promessa eleitoral de solicitar uma terceira rodada de empréstimos durante o segundo ano eleitoral. Seu governo de coalizão tem 153 dos 300 lugares do Parlamento, garantindo-lhe uma pequena maioria para aprovar a lei sem o apoio da oposição. Fonte: Associated Press.

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