Prestes a votar em plenário a Medida Provisória 511, que autoriza a concessão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de garantia de financiamento de até R$ 20 bilhões para o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), parlamentares questionaram representantes do governo sobre a viabilidade do trem-bala hoje na Comissão de Infraestrutura do Senado.

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Em audiência pública na comissão, o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, apresentou o projeto aos senadores e defendeu a necessidade da obra que ligará Campinas às cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, orçada em R$ 35 bilhões.

“Quando você olha com a visão do século 21 um dos maiores conglomerados urbanos do mundo, que concentra grande parte da população e do PIB nacional, vê que não existe hoje uma tecnologia mais adequada para esse caso”, argumentou Figueiredo. “Se trata de um serviço confortável, confiável, previsível, sustentável e que ainda daria maior liberdade ao desenho da malha aérea da região”, acrescentou.

O diretor lembrou que o adiamento – pela segunda vez – do leilão do empreendimento foi determinado para dar mais tempo aos investidores e assim assegurar maior concorrência no processo. “O projeto foi feito com muito cuidado e nenhuma empreiteira questionou sua qualidade”, disse. A nova data para o leilão do trem-bala é 11 de julho próximo.

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Figueiredo reconheceu que o projeto é polêmico, mas afirmou que levar a cabo o maior projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não significa deixar de lado outros projetos, como o de saneamento básico. “Investir no trem-bala não significa negligenciar outros problemas. Esse falso dilema de prioridades levou o País a parar no passado”, completou.