O presidente da Petrobras, Pedro Parente, apresentou seus argumentos a investidores e analistas para justificar a decisão anunciada na quarta-feira, 23, de reduzir o preço do diesel e congelá-lo por 15 dias. Em teleconferência, afirmou que a diretoria percebeu, ao longo do dia, que a crise provocada pela greve dos caminhoneiros estava se agravando, o que gerou a percepção de que alguma medida deveria ser tomada.

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“Discutimos que poderíamos promover mudanças temporárias dentro da lei. Tenho certeza de que seguimos os melhores interesses da empresa. Oferecemos nossa contribuição para resolver o problema e estamos certos de que fizemos o melhor”, disse o presidente da Petrobras.

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Em reação ao anúncio feito pela empresa, os investidores castigaram as ações da petroleira, que abriram o pregão desta quinta-feira em queda. “Entendemos que a medida causou reação negativa no mercado”, afirmou Parente, justificando, em seguida, que a estatal reagiu às circunstâncias nas quais estava inserida, de crise de abastecimento à população e de possibilidade de prejuízos à sua própria atividade.

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Pela manhã, Parente se reuniu com o presidente da República, Michel Temer, com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia; dos Transportes, Valter Casimiro; de Minas e Energia, Moreira Franco; e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

“No encontro com o governo, reforçamos que não mudaremos a política de preços. Qualquer mudança só pode ocorrer dentro da legislação. Reforçamos nossa liberdade para definir os preços dos combustíveis e tivemos a confirmação do governo de que não vai interferir. A política permanecerá transparente”, enfatizou.

O presidente da Petrobras reforçou ainda aos investidores e analistas que sua decisão foi circunstancial e argumentou que qualquer empresa, ainda que do setor privado, faria o mesmo que a estatal, dada sua predominância na oferta de combustíveis no País.