Nos próximos dias 6 e 7, em Curitiba, Itaipu Binacional, Copel, Sanepar, Eletrobrás, Eletrosul, Ocepar, Cooperativa Lar, Cepel, Lactec e Fundação PTI estarão firmando um acordo de parceria e lançando o programa de geração distribuída de energia a partir do biogás, com saneamento ambiental

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?O programa, que começou a ser articulado há pouco mais de seis meses, partindo da iniciativa das instituições paranaenses, passou a uma dimensão nacional, com a adesão das novas e bem-vindas parceiras?, diz Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, junto com Rubens Ghilardi, diretor presidente da Copel. e com Stenio Jacob, diretor presidente da Sanepar, patrocinadores principais do programa.

Modelo da energia do biogás

A geração distribuída, explica Samek, busca dar valor econômico à energia gerada pelas próprias fontes consumidoras. No caso, utilizando-se do biogás gerado no tratamento dos esgotos de frigoríficos, granjas de aves, suínos e vacas leiteiras e também dos esgotos urbanos tratados pela Sanepar.

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A geração distribuída não tem sido bem aceita pelo sistema elétrico nacional, porque apresenta riscos se não for executada segundo critérios rigorosos de segurança e sincronismo com as redes distribuidoras, o que é possível com um planejamento espacial eficiente. Por isso, a importância da participação da Eletrobrás e da Eletrosul, para a normatização deste tipo de geração, o envolvimento das cooperativas agroindustriais para validar as experiências e os laboratórios de pesquisa do setor elétrico para desenvolvê-la.

Remuneração da energia do biogás

Um pequeno criador de 2.000 suínos pode gerar com os dejetos destes animais, submetidos a um biodigestor, a energia suficiente para toda a sua propriedade e ainda sobra um excedente seis vezes maior do que a energia consumida. Com a Copel comprando esta energia, o produtor consegue incorporar uma receita importante para o seu agronegócio. O setor encontra enfim a cobertura que tanto precisa para enfrentar os custos do tratamento ambiental dos dejetos, o que lhe garantirá a sustentabilidade e a conquista de novos mercados exigentes em critérios ambientais de produção. O mesmo ocorre com os frigoríficos e com os esgotos urbanos.

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Samek faz questão de frisar que a geração distribuída funcionará como um ?Protocolo de Kioto? nacional, possível de ser reproduzido pelas regiões do Brasil . E só o setor elétrico, disponibilizando o conhecimento e as ferramentas tecnológicas que tem, poderia propor uma empreitada dessa ao setor do agronegócio e do saneamento.

As instituições convocaram também, para um encontro de trabalho, as industriais fornecedores de insumos e equipamentos para biodigestores e conversores de biogás em energia, que encontrarão na geração distribuída a escala de negócios que necessitam para se desenvolver e, com isso, abrir novas oportunidades de trabalho.