O volume de compras parceladas no cartão de crédito passou o montante de transações realizadas à vista com o plástico pela primeira vez na história do mercado. A conclusão faz parte do estudo Pagamentos parcelados: acesso ao crédito sem juros, que integra a pesquisa Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizada pela Itaucard.

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Segundo o levantamento, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, as compras parceladas responderam por faturamento de R$ 64 9 bilhões, ou 50,5% do volume total. Desse número, o parcelamento sem juros responde pela maior parte, 49,1%, e os realizados com juros participam com apenas 1,4%.

Até dezembro, a projeção é que as compras parceladas no cartão somem R$ 93,6 bilhões, um avanço de 23,4% em relação a 2006. As compras à vista também crescerão, devendo atingir R$ 87,9 bilhões. "Confirmada a estimativa, este será o primeiro ano na história do mercado de cartões que o parcelamento sem juros superará o pagamento à vista", diz Fernando Chacon, diretor de Marketing de Cartões do Itaú.

Acesso ao crédito

Do total de portadores de cartões de crédito no País, 65% utilizam o parcelamento nas compras. Para Chacon, essa mudança de comportamento decorre da forte disseminação do parcelamento entre clientes e lojistas e, especialmente, pelo fato do cartão ter se tornado um facilitador do acesso ao crédito, notadamente para as classes de renda mais baixa.

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Nos nove primeiros meses do ano, 55% das compras realizadas pela baixa renda foram parceladas, com um tíquete médio de R$ 181. Na alta renda, que utiliza o parcelamento de pagamento em 42% das compras, o tíquete médio é de R$ 336.

Segundo entrevistas realizadas com portadores de cartões, a maior parte prefere parcelar as compras em até 3 vezes. Já em relação ao valor para as compras parceladas, 29% dos entrevistados disseram que o parcelamento é mais utilizado para compras entre R$ 100 e R$ 200.

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De janeiro a setembro de 2007, a participação do parcelamento no cartão em compras de eletrônicos, construção e móveis foi de 86%. No segmento de vestuário, lojas de departamento e calçados, o percentual também é expressivo e chega a 82%. As compras parceladas em drogarias, farmácias e ópticas aparecem na seqüência, respondendo por 73% do total.