O Porto de Paranaguá vai se tornar a partir do mês que vem base nacional para recebimento de soja para vendas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF). Com isso, o produtor e o comprador de soja do Brasil e do Mercosul, que antes tinham como única opção a negociação de contratos futuros via Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, poderão encontrar uma alternativa mais vantajosa no Paraná.
A opção se tornou possível nesta terça-feira (18) com o contrato assinado pela BMF com a Companhia Brasileira de Logística (CBL), um dos sete terminais privados do Porto de Paranaguá. A BMF negocia ativos financeiros e mercadorias no mercado a termo (para entrega futura). Normalmente, as operações envolvem apenas papéis. Mas a bolsa tem de estar estruturada para entregar o produto, caso o vendedor ou o comprador da mercadoria desejem executar a operação fisicamente.
“Um dos pontos vantajosos da parceria com esse terminal de Paranaguá é que a soja estará sendo negociada com maior liquidez diretamente por um porto que é hoje o maior terminal de exportação do produto no Brasil”, afirmou o consultor da BMF, Antônio Bueno.
A BMF definiu o próximo dia 10 de outubro para o lançamento do contrato futuro de soja em grão e granel pela instituição e o dia 11 para o primeiro pregão. A soja comprada através da BMF a partir do primeiro pregão será entregue a partir de março de 2003.
Sem a necessidade operar com a Bolsa de Chicago, o maior mercado mundial da soja, o vendedor e o comprador podem ligar para um corretor da bolsa e programar ou efetuar a negociação instantaneamente, tudo com base em Paranaguá.
