Foto: Valquir Aureliano/O Estado

 Dados foram divulgados pelo IBGE.

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O salário médio do trabalhador paranaense no ano passado foi de R$ 807,00 – 15,12% acima da média nacional, que ficou em R$ 701,00. A diferença salarial entre homens e mulheres permanece grande no País: enquanto eles receberam R$ 963,00 no Paraná e R$ 798,00 na média nacional, o salário delas foi, em média, de R$ 574,00 (no caso do Paraná) e R$ 556,00 no País.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar / 2004, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR), Cid Cordeiro, apesar de ainda grande, a diferença salarial entre homens e mulheres vem caindo: no ano passado, enquanto o rendimento deles caiu 0,4%, o delas aumentou 3%. Entre as classes, a dos empregadores registrou aumento de 12,88% na renda no ano passado no Paraná. Os trabalhadores por conta própria apareceram em segundo lugar, com aumento de 4,57%. Empregados domésticos tiveram aumento de 2,59% e, entre empregados em geral, o rendimento cresceu 1,12%.

Para Cid Cordeiro, os dados do IBGE trazem notícias boas para o Paraná. A primeira delas é que, em 2004, houve a geração de 257 mil novas ocupações, o que representou crescimento de 5,14%. ?Foi um dos melhores níveis de crescimento de ocupação desde 92?, afirmou Cordeiro. Com isso, a taxa de desemprego caiu, passando de 7,15% em 2003 para 6,15% no ano passado – em números absolutos, significa que houve uma redução de 41 mil desempregados de um ano para outro. ?Isso ocorreu em função sobretudo do crescimento da economia em 2004, que dinamizou o mercado de trabalho?, apontou.

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Sobre a variação nas ocupações, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) exerceu desempenho bem melhor do que o interior, com crescimento de 13,06% contra 2,14% do interior. Apesar disso, ressaltou Cordeiro, a taxa de desemprego na RMC ainda é maior: 8% contra 5% do interior. A distorção, segundo Cordeiro, é explicada pelo aumento da População Economicamente Ativa (PEA): 11,5% na RMC e 1% no interior. ?É um dado preocupante. Mostra que a população ainda olha Curitiba e Região Metropolitana como os locais que oferecem melhores oportunidades de trabalho, o que acaba pressionando o crescimento da PEA?, observou o economista. (Lyrian Saiki)