Paraná tem superávit de R$ 840 milhões

O Paraná apresentou um superávit primário (receitas menos despesas, exceto gastos com juros) de R$ 840,4 milhões entre janeiro e agosto. O valor ficou 11,6% acima do resultado projetado, que era de R$ 753,4 milhões. “Isto mostra o acerto da política de desenvolvimento do Estado”, afirmou o secretário da Fazenda, Ingo Hübert.
O secretário esteve na manhã desta segunda-feira (30) na Assembléia Legislativa, onde cumpriu dois compromissos: entregou o Orçamento do Estado para o exercício de 2003 ao presidente da casa, deputado Hermas Brandão, e prestou contas sobre a situação financeira do Paraná ao final do segundo quadrimestre do ano.
“Os números provam que as contas públicas estão saudáveis e que, proporcionalmente, estamos devendo bem menos”, atestou o deputado Hermas Brandão. “Fico orgulhoso em ver as condições financeiras do Paraná”, declarou o presidente da Assembléia.
Além do superávit, a dívida pública está controlada. O saldo, de R$ 10,4 bilhões, representa uma vez e meia a receita corrente líquida, que no último quadrimestre foi de R$ 6,9 bilhões. O limite legal é de duas vezes este valor. O serviço líquido da dívida, que representa 4,77% da receita corrente líquida, poderia chegar a 11,5%.
Outro indicador da saúde financeira do Paraná é a relação entre as operações de crédito e a receita corrente líquida. O volume de operações, que entre janeiro e agosto foi de apenas R$ 96,7 milhões, correspondeu a 1,41% deste valor. Os empréstimos poderiam ter chegado a R$ 1,1 bilhão, o que equivaleria a 16% da receita corrente líquida.
“Existem duas medidas para avaliar a saúde financeira do Estado: o resultado primário e o pagamento da folha”, explicou Hübert. “Neste quesito, além de não atrasar sequer uma folha, o Paraná está perfeitamente adequado à Lei de Responsabilidade Fiscal.”.
O Poder Executivo comprometeu, nos doze meses terminados em agosto, 46,35% da receita corrente líquida com o funcionalismo. O gasto com pessoal chegou a R$ 3,2 bilhões. O limite prudencial imposto pela Lei é de 46,55%. “Se tivéssemos cedido a todas as pressões, teríamos ultrapassado este limite e estaríamos sujeitos, inclusive, a sanções penais”, lembrou Hübert.
A boa condição financeira do Estado abriu espaço para que o governo inserisse no Orçamento de 2003 planos de cargos e salários para diversas categorias (como os agentes fiscais da Receita Estadual). Na prática, isto implica progressões salariais, sem comprometer os limites legais.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo