Foto: Walter Alves/O Estado |
Comércio foi um dos setores continua após a publicidade |
Diferente de novembro de 2005, quando o nível de emprego teve saldo negativo de 525, em relação a 2004, este ano, no mesmo período, houve um crescimento de 0,16% (2.980 empregos). Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No acumulado de janeiro a novembro, no Paraná, foram criadas 108.231 vagas, o que representa um crescimento de 6,11% – acima do nacional, de 5,93% e o melhor percentual entre os três estados do Sul. Entre os setores que mais empregaram estão comércio e serviços.
Desde 92, o último mês de novembro é o terceiro que apresenta saldo positivo de emprego. No entanto, o economista Sandro Silva já adianta que este mês muitas vagas vão ?desaparecer? e o índice pode cair bastante até o final do ano.
Os dados regionais, ressaltados pelo Dieese, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ainda em relação a novembro, no Paraná, apesar de já prevista, chama atenção a diferença entre os índices da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que teve um aumento de 0,85% na geração de emprego, e o Interior do Estado, que teve queda de 0,29. Como explica o economista, essa tendência foi revertida a partir de Julho de 2005. Desde 2001, ocorria o inverso, ou seja, a RMC apresentava desempenho percentual menor que o interior. Entre outros motivos, o atual índice negativo do interior se deve ao período de entressafra enquanto o crescimento da RMC está relacionado à época de abertura de vagas temporárias.
Os aumentos que se destacam em novembro são dos setores comércio varejista, que gerou 4.242 empregos, variação de 1,44% – sendo 2.593 vagas na RMC e 2.649 no interior; em outros Serviços (RH, vigilância, limpeza), que gerou 1.914 empregos, 1,12% a mais, sendo 945 na RMC e 969 no interior; e em Hotéis e Restaurantes que empregaram 1.133, 0,42% a mais, sendo 762 na RMC e 371 no interior. Já as quedas acontecem nos setores de produtos alimentícios e bebidas, que em novembro tiveram saldo negativo de 4.632 empregos, 311 vagas na RMC e 4.943 negativas no interior; e na agricultura que teve saldo negativo de 2.284, sendo 50 vagas na RMC e 2.334 negativas no interior.
Ranking
Em relação aos demais estados do Sul do Brasil, no mês de novembro o Paraná foi o que menos gerou emprego. Enquanto Santa Catarina, com 14.015 empregos gerados, teve variação positiva de 1,03% e o Rio Grande do Sul, com saldo de empregos de 17.322 e variação de 0,91%.
Acumulado
O nível de emprego acumulado de janeiro a novembro deste ano, no Paraná, foi de 108.231 vagas, o que representa um crescimento de 6,11%, ou seja, acima do nacional (5,93%). Enquanto nesse período o interior gerou 62.472 empregos, uma variação de 5,84%, a RMC gerou 45.759, mas cresceu mais em percentual, 6,53%. Os setores comércio varejista (19.128 empregos), indústria de alimentos e bebidas (14.563) e outros serviços (12.166) foram os que mais empregaram. Apenas o setor de madeira e mobiliário apresentou saldo negativo de 1.614 vagas, 2,02% a menos que o mesmo período em 2005. Considerando o acumulado no ano entre os estados do Sul, o desempenho do Paraná é o melhor. Já em relação aos demais estados, o Paraná – que está tendo o segundo melhor desempenho desde 1992 – é o quarto em número de empregos e o nono em percentual de crescimento.
Ano
Nos últimos 12 meses, de dezembro de 2005 até novembro deste ano, o Paraná gerou 86.400 vagas, um aumento de 4,69%. Esse total é o menor entre os estados do Sul e o 13.º entre os todos estados do Brasil. serviços (32.893), indústria de transformação (21.279) e comércio (20.842) são os setores que, no período, empregaram mais.
Como prevê o economista do Dieese, apesar de ser esperada queda para este mês, ?possivelmente 2006 será um ano melhor que 2005?. A expectativa é que o Paraná feche este ano com saldo positivo de aproximadamente 82 mil empregos. Entre os motivos que justificam a retomada, Silva destaca o fato dos juros ainda estarem em queda, desde final de 2005, e as taxas Selic e de Inflação serem das menores da história nacional.