O ano de 2010 será um novo marco na história da geração de empregos no Paraná. É o que apontou a avaliação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Paraná (Dieese-PR) na análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O número de vagas criadas com carteiras de trabalho assinadas, de janeiro a outubro, cresceu 7,45% com saldo de 164,1 mil empregos. Isso se constituiu no melhor saldo para o período desde o início da série, em 1992.
Até então, o anos de maior aumento nos postos de trabalho foram 2008 com 160,9 mil vagas criadas e 2007 com 144,6 mil novas vagas. “A crise mundial de 2008 só influenciou no desempenho do último trimestre, porém, até isso ocorrer o ano havia sido muito melhor do que todo o período analisado pelo Caged”, explicou o economista do Dieese-PR, Sandro Silva.
Segundo ele, o recorde ainda não pode ser confirmado, porque é de praxe haver um recuo nos números de geração de empregos em dezembro. “A evolução do número de vagas nos primeiros 10 meses de 2010 deve impactar de forma mais ampla na redução habitual dos últimos meses do ano”, previu Silva.
Para 2011, Silva mantém projeções otimistas em relação ao crescimento das vagas no Estado, porém, em um ritmo menor. “É natural que após um ano de franca recuperação, nossa economia continue ampliando os postos de trabalho, mas em percentuais menores, até porque o PIB brasileiro para 2011 deverá crescer entre 4,5% e 5%, diferente deste ano que deveremos fechar entre 7,5% e 8% de incremento no PIB”.
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) apresentou 7,56% na criação de novas vagas (67.547 empregos), ou seja, foi responsável por 41,16% dos empregos gerados no Estado.
No interior, observou-se um crescimento do nível de emprego de 7,38%, com a geração de 96.553 postos de trabalho, respondendo por 58,84% dos empregos gerados no Paraná.
“A partir de julho de 2005 houve uma inversão na geração de empregos formais no Paraná, e a RMC começou apresentar no acumulado do ano um crescimento superior ao interior”, afirmou Silva.