AGRONEGÓCIO

Paraná se mantém na liderança da nova safra recorde de grãos

A safra nacional de grãos 2010/2011 – incluindo cereais, leguminosas e oleaginosas – indica produção de 155,6 milhões de toneladas para este ano, superior em 4% à safra recorde obtida em 2010.

A terceira estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada na manhã desta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma levantamentos anteriores demonstrando o bom momento da safra, grande parte influenciada pelas boas condições climáticas.

Na participação total dos estados na produção de grãos, o Paraná fica na liderança, com 20,2% do total. Em seguida, aparecem os estados de Mato Grosso (com 19,4%) e Rio Grande do Sul (17,3%). As principais culturas temporárias de verão, com ênfase para a soja e milho, continuam em fase de colheita.

Nos próximos levantamentos, continua o acompanhamento da colheita e do desenvolvimento das segunda e terceira safras de alguns produtos, além das culturas de inverno que, devido ao calendário agrícola, apresentam estimativas ainda baseadas em projeções, segundo informações do IBGE.

A produção nacional do milho em grão em 2011, para primeira e segunda safras, totaliza 56,3 milhões de toneladas, variação positiva de 2% sobre o mês de fevereiro. No Paraná, a colheita que foi iniciada no final do mês de janeiro totaliza, no momento, 55% dos 740.684 de hectares plantados.

Com boas condições climáticas, a produtividade vem superando as expectativas iniciais, razão pela qual foi reavaliada para 7.714 quilos por hectare, gerando um ganho de produção de 6% em relação a fevereiro. No Rio Grande do Sul, apesar da redução de 3,9% na área, a produção registra ganho de 7,8%, também em função do clima, com chuvas acima da média.

A produção de soja esperada, de 71,6 milhões de toneladas, é 3,8% maior que a informação divulgada em fevereiro. O acréscimo se deve a reavaliação positiva de 3,5% no rendimento médio nos principais centros produtores.

No Paraná, estado que é o segundo maior produtor nacional, a colheita já foi concluída em 82% da área prevista. As condições climáticas favoráveis à cultura majoraram em 5,3% a produção, para um rendimento médio de 3.260 quilos por hectare. Com colheita próxima dos 30%, o Rio Grande do Sul não sofreu prejuízos que haviam sido previstos anteriormente, por causa do fenômeno La Niña com rendimentos médios 24,2% a mais do que a última avaliação.

Variação dos produtos

Dentre os 25 produtos selecionados pelo levantamento do IBGE, 13 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (63,5%), amendoim em casca 1ª safra (7,8%), arroz em casca (18,0%), batata-inglesa 1ª safra (13,2%), batata-inglesa 2ª safra (10,9%), feijão em grão 1ª safra (27,4%), feijão em grão 2ª safra (4,7%), mamona em baga (51,3%), mandioca (8,6%), milho em grão 2ª safra (2,4%), soja em grão (4,5%), sorgo em grão (14,4%) e triticale em grão (21,3%).

Com variação negativa aparecem: amendoim em casca 2ª safra (11,4%), aveia em grão (25,2%), batata-inglesa 3ª safra (4,7%), cacau em amêndoa (1,1%), café em grão (9,7%), cana-de-açúcar (7,7%), cebola (8,6%), cevada em grão (12,6%), feijão em grão 3ª safra (9,5%), laranja (2,4%), milho em grão 1ª safra (1,1%) e trigo em grão (19,3%).

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