Apesar da crise financeira global, a economia do Paraná continua mantendo o ritmo de crescimento. É o que demonstra levantamento da Junta Comercial do Paraná. Só em 2008, foram criadas 53.087 novas empresas paranaenses, um número recorde na história dos 116 anos da JCP. O aumento no número de novas empresas vem sendo observado deste 2003, início do governo Roberto Requião. Daquele ano até 2008, já foram registradas no Paraná 272.627 novas empresas industriais, comerciais e de serviços.
Os dados de 2008 colocam o Paraná como terceiro Estado do país na criação de empresas. O Estado fica atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, que possuem População Economicamente Ativa (PEA) bem superior à do Paraná. “Os incentivos do Governo do Estado, com redução da carga tributária, em especial às micro e pequenas empresas, somadas ao espírito empreendedor dos paranaenses, influenciam diretamente estes números que colocam do Paraná em destaque”, avalia o presidente da Junta Comercial do Paraná, Júlio Maito Filho.
“Considerando os 250 dias úteis de 2008, podemos dizer que foram criadas no Paraná mais de 210 empresas por dia, um número sem precedentes”, destaca. Para o secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, à qual a Junta é vinculada, “a política de desoneração tributária, o piso salarial regional e os programas de inclusão social impulsionam a economia paranaense, criando um ambiente propício à expansão da atividade produtiva”.
Descentralização
Júlio Maito Filho ressalta que existe, pela análise da distribuição de novas empresas do Estado, um novo quadro econômico no Paraná, com o desenvolvimento sendo cada vez mais descentralizado e pulverizado principalmente com relação às pequenas em presas, as grandes geradoras de empregos com carteira assinada.
Em 2008, Curitiba e os municípios a Região Metropolitana foram responsáveis por 30,70% das empresas criadas. Com isso, a maioria delas (69,30%) foi registrada no interior do Estado.
As cidades do interior que mais se destacaram são as seguintes: Londrina (3.974), Maringá (3.343), Ponta Grossa (2.985), Cascavel (2.103), Umuarama (1.335), Santo Antonio da Platina (1.122), Francisco Beltrão (1.048), Paranavaí (963), Foz do Iguaçu (955), Guarapuava (894) e Paranaguá (890).
Os totais destas cidades englobam também os municípios periféricos a estas cidades onde a Junta Comercial mantém Agencias Regionais.
Sem burocracia
As medidas de simplificação do registro mercantil, eliminando burocracias e reduzindo os prazos de trâmites legais estão facilitando o início da atividade empresarial. A Junta Comercial, com 40 Agências Regionais, a grande maioria em parceria com as entidades empresariais, instaladas nas principais cidades do Estado, aprova seus registros em média em 48 horas.
“Entre a abertura de novas empresas, alterações contratuais e baixas que infelizmente ocorrem, são mais de 600 processos diariamente, além de atendimentos de livros mercantis, certidões e demais serviços, que aprovados com agilidade contribuem para nosso desenvolvimento econômico”, afirma Luiz Carlos Sálvaro, secretário geral do órgão.
Em 2009, será implantado em todo o Brasil a Redesim, que possibilitará, a partir das Juntas Comerciais, o compartilhamento com os demais órgãos públicos federais, estaduais e municipais das informações cadastrais das empresas, agilizando com segurança todos os processos de registro mercantil e tributário.
Desafios
O presidente Júlio Maito Filho afirma que 2009 será um ano de grandes desafios para a Junta Comercial. “Com a implantação da Redesim, o atendimento dos novos empreendedores, pela nova modalidade chamada de MEI (Microempreendedor individual) será possível tirar da informalidade mais de 500 mil pessoas no Paraná, que tenham renda de até R$ 36.000,00 por ano.
Nesta categoria estão, entre outros, mecânicos, artesões, manicures e prestadores de serviços diversos. O sistema proporcionará atendimento de saúde e aposentadoria, com um pagamento mensal fixo em torno de R$ 50,00, através de Lei Complementar já aprovada e que entrará em vigor à partir de 1º de julho próximo.
O projeto de remodelação da Junta Comercial inclui inovações tecnológicas no sistema de informatização e digitalização que, ao lado de convênios com outros órgãos públicos, irão simplificar e acelerar as operações. O novo edifício sede da Junta Comercial, que será construído no Centro Cívico (Zona Norte de Curitiba), atenderá às necessidades de crescimento da instituição e que será a mais moderna junta comercial do País.
