Paraná quer produzir 10% mais este ano

O governador em exercício e secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, anunciou ontem, durante reunião do secretariado, que a meta do Estado para a safra 2003/2004 será a de produzir 30 milhões de toneladas de grãos. Esse volume corresponde a um adicional de 3 milhões de toneladas à produção da safra passada que rendeu 27 milhões de toneladas de grãos.

Essa meta será celebrada durante a festa de lançamento do plantio da nova safra que vai ocorrer no dia 2 de outubro, no município de Campo Mourão. A secretaria da Agricultura está promovendo uma solenidade em homenagem ao início do plantio no Paraná, em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Campo Mourão (Coamo), maior cooperativa agropecuária do País. A festa vai contar com a participação do ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

Para atingir a meta fixada, a Secretaria da Agricultura pretende estimular o aumento da produtividade, através de programas executados em parceria com as empresas vinculadas. De acordo com Pessuti, esse é um grande desafio imposto por este governo já que o Estado continua com a mesma área agricultável, que corresponde a apenas 2% da área do território nacional.

Várias ações estão sendo desencadeadas para o aumento da produtividade. Entre elas, Pessuti destacou a reconversão das áreas degradadas de pastagens da região Noroeste do Paraná (Arenito-Caiuá), em lavouras de milho e soja, o programa Irrigação da Madrugada que está sendo elaborado junto à Copel e um programa de eletrificação rural, cuja meta é levar energia elétrica para 100% dos municípios do Estado. O governador em exercício observou que na região do Cantuquiriguaçu, entre o Centro e o Sudoeste do Paraná, somente 59% das propriedades rurais são atendidas com eletrificação rural.

Segundo Pessuti, a Secretaria da Agricultura também pretende investir em outra frente, que é a melhoria das condições de miséria no campo, principalmente nos municípios de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e daqueles que integram o mapa da pobreza, traçado pelo Instituto de Pesquisas Agronômicas (Iapar).

Para isso, o governo do Estado inicia negociações, ainda esta semana, com representantes do Banco Mundial, para instalar um programa de reversão da pobreza no campo, em substituição ao Paraná 12 Meses, que será encerrado no ano que vem.

Empresas mostram trabalhos

Uma das preocupações da diretora-presidente da Ceasa do Paraná, Jane Elisabeth Setenareski, durante exposição das realizações da empresa, é a segurança do mercado atacadista de Curitiba. Segundo ela, por ali circulam cerca de 15 mil pessoas diariamente, o que corresponde a uma população maior do que a da maioria dos municípios do Estado. Ela lamentou a falta de estrutura policial no local, durante o governo passado, que permitiu o acesso de gangues que estão trazendo intranqüilidade aos usuários da central atacadista.

Codapar

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Ney Caldas, disse na reunião do secretariado desta segunda-feira que está em estudos uma proposta para viabilizar os terminais de transbordo de cargas em trânsito ao Porto de Paranaguá. O objetivo é reduzir a fila de caminhões estacionados ao longo da BR-277 no período de escoamento da safra. A proposta prevê a utilização dos terminais de embarques ferroviários da Ferroeste/Ferropar-Estação Aduaneira de Cascavel e das unidades armazenadoras da Codapar, em Guarapuava, e Conab de Ponta Grossa.

Claspar

A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos atua na classificação de produtos destinados diretamente ao consumo humano, produtos importados, compra e venda de estoques do governo, acompanhamentos de embarques e no controle de qualidade para formação dos estoques no Porto de Paranaguá o “pool” de exportação.

Segundo o diretor-presidente Eduardo Baggio, nos últimos 12 meses a empresa classificou 18.6 milhões toneladas de produtos, com receita auferida de R$ 7 milhões. Desse total, 12,5 milhões de toneladas referem-se à classificação da soja, milho e farelo de soja, no Porto de Paranaguá, com receita de R$ 2,4 milhões.

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