O Paraná participa do Congresso Regional-Sul do Sistema Público de Emprego em Porto Alegre, amanhã e sexta-feira (28 e 29), com propostas definidas na recente Conferência Estadual do Trabalho. Entre elas, a de reestruturação do Sistema Público de Emprego, ampliando o seu foco para além do emprego: trabalho e renda.
?O emprego hoje representa menos de 50% da mão-de-obra no mercado do trabalho. É preciso articular as políticas de atendimento ao trabalhador como o seguro-desemprego, a intermediação de mão-de-obra e a qualificação profissional com o apoio à geração de emprego e renda, como fazemos no Paraná com o Banco Social?, sugere o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, padre Roque Zimmermann. O Banco Social financia pequenos projetos que geram trabalho e renda.
Além do secretário Roque Zimmermann, o Estado será representado por uma equipe técnica da Secretaria e integrantes das bancadas de empregadores e de trabalhadores. O mesmo grupo participará em São Paulo, dia cinco de agosto, do II Congresso Nacional do Sistema Público de Emprego. Em Porto Alegre, o congresso será no Novo Hotel Accor Hotels.
Segundo o secretário, o encontro se propõe a constituir e consolidar as bases de reforma do Sistema Público de Emprego, buscando integração e articulação de todas as suas funções e demais ações relacionadas. Esse esforço visa a inclusão social por meio do emprego, trabalho e renda, integrando-se a estratégias de desenvolvimento local, regional e nacional.
Outra proposta a ser levada pelo Paraná é relacionada ao acesso ao crédito, que continua dificultado pela retração de recursos para o financiamento do Sistema Público e Emprego. ?Precisamos de uma legislação que defina o papel da União, Estado e municípios e que estabeleça o montante de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para a manutenção do Sistema Público e Emprego?, diz Elietti de Souza Vilela, coordenadora estadual do Sistema Nacional de Emprego.
Banco Social investe mais de R$ 900 mil em Paranavaí
O Banco Social – programa que apóia o pequeno negócio e existe graças a uma parceira da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social com a Agência de Fomento do Paraná, Sebrae e prefeituras -, já investiu mais de R$ 920 mil em Paranavaí, oferecendo oportunidade de financiamento ao pequeno empreendedor, para compra de mercadoria e matéria-prima (o chamado capital de giro), aquisição e conserto de máquinas (investimento fixo) ou ainda uma combinação dos dois investimentos.
Ao contrário dos bancos tradicionais, o programa atende além de empresas formais, os empreendimentos informais, ou seja, apóia também o profissional autônomo. ?Sou cliente do Banco Social desde 2003, e com ele encontro mais facilidade em conseguir crédito, já que sou autônoma. Em outros bancos, os gerentes exigem comprovante de renda e uma série de outros documentos. Além do mais, os juros são bem mais altos?, diz Filomena Aparecida Correia Bilotti, proprietária do Salão Filó, que funciona em anexo à sua residência.
Ao todo, cerca de 300 empresas de Paranavaí tiveram o apoio financeiro do Banco Social e puderam expandir seus negócios, gerando inúmeros empregos diretos. E, com o crescimento do empreendimento, surge a necessidade de contratar mais funcionários, contribuindo para o desenvolvimento da cidade, como o caso de Wagner Dal Poz.
?Já quitei dois financiamentos do Banco Social, e estou indo para o terceiro. Com os empréstimos, pude ampliar a estrutura da loja, comprando novos equipamentos como um codificador para chaves de automóveis, que gerou mais movimento e tive que contratar mais dois funcionários?, disse.
Para conseguir o financiamento é preciso ter experiência na atividade há mais de seis meses, morar há mais de dois anos na cidade com endereço fixo, não ter o nome no Serviço de Proteção ao Crédito – SPC e não ganhar mais do que R$ 120 mil por ano.
Serviço:
Mais informações na Agência de Fomento do Paraná, através do telefone (41) 3883-8800 ou na Coordenadoria de Geração de Emprego e Renda da Secretaria do Trabalho, (41) 3883-2527.