O Paraná perdeu 49.822 vagas de trabalho formal em dezembro passado, uma queda de -2,34% no mês, na comparação com novembro, que já vinha registrando baixos níveis no emprego. Foram registradas, no mês, 61.475 admissões e 111.197 demissões.
Esse o terceiro pior resultado do País, atrás apenas de São Paulo, com 285,5 mil vagas cortadas e de Minas Gerais, que perdeu 88,1 mil vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. Em todo País, no mês de novembro foram fechadas 654,9 mil vagas formais, o dobro da média do mês. Em 2007 as demissões líquidas foram de 391,4 mil e em 2006 haviam sido de 317,49 mil.
Os piores resultados no Estado foram registrados na Agricultura, com perda de 6.813 vagas (-5,78%); na Indústria de Transformação, com 25.400 vagas fechadas (-4,10%); na Construção Civil com perda de 3.610 oportunidades de trabalho (-4,54%); no Comércio, que teve perda de 2.784 vagas (-0,56%) e na Administração Pública, com perda de 1.281 vagas (-3,59%). Serviços registrou a perda de 9.936 vagas, menos 1,35%.
O resultado de dezembro, no Paraná, porém, não impediu que o Estado registrasse um dos melhores percentuais de emprego no acumulado do ano, na comparação com outras unidades da Federação.
O Estado criou 110.903 novas vagas (alta de 5,69%), impulsionado principalmente pela Construção Civil (alta de 18,79%, 13.713 novas vagas), Indústria (crescimento de 3,83%, 21.797 novas vagas), Comércio, alta de 7,23% (33.067 novas oportunidades de trabalho), Serviços, com crescimento positivo de 5,23% (35.686 novos empregos) e Agricultura, com alta de 5,86%, um total de 6.080 novas vagas de trabalho. Entre os estados do Sul ficou em melhor posição. Santa Catarina apresentou alta de 5,07% e o Rio Grande do Sul de 4,60%.
País
A crise derrubou as expectativas do governo de bater mais um recorde anual na criação de empregos. Em 2008 o número de novas vagas formais somou um estoque 1.452.204 postos, total inferior aos 1.617.392 referente ao montante histórico gerado em 2007, o que significa uma retração 10,2%. O número de empregos no ano passado também ficou abaixo da segunda melhor marca anual registrada em 2004, de 1.523.276 de novos empregos.
De acordo com o Caged do Ministério do Trabalho, em todo o país foram admitidos 16.659.332 trabalhadores, mas as demissões somaram 15.207.128.
Segundo o Caged, o setor de serviços liderou e bateu recorde na criação de vagas no ano passado, com 648.259 postos líquidos no período. Em segundo lugar ficou o comércio, com 382.918 vagas, seguido pela construção civil, com 197.868 empregos. Em quarto lugar aparece a indústria de transformação, com 178.675 postos criados, seguido por agricultura, com 18.232 vagas formais criadas.