Indústria

Paraná passa a produzir dióxido de carbono

A Air Liquide, indústria que atua no ramo de gases industriais e medicinais, inaugurou ontem nova fábrica em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Com investimento de R$ 10,5 milhões, essa é a primeira unidade a produzir dióxido de carbono (CO2) fora de São Paulo. A fábrica, com capacidade para produzir 50 toneladas de CO2 por dia, está operando com capacidade plena desde o início do ano, 24 horas por dia.

“Com a construção da planta, vamos poder atender a um número maior de clientes e tornarmos mais competitivos na região”, afirmou o diretor comercial região Sul, André Souza. Até então, a empresa mantinha em Curitiba apenas a unidade administrativa, comercial e de logística. “O produto vinha de São Paulo”, explicou.

Segundo Souza, o mercado de gases industriais e medicinais é bastante concorrido, e era importante ficar mais próximo do centro consumidor. Do total de CO2 produzido na nova unidade, apenas 20% fica no Paraná; a maior parte (60%) segue para o Rio Grande do Sul e outros 20% para Santa Catarina.

A idéia, segundo Souza, é ampliar o número de clientes no Paraná para, no futuro, construir outra unidade no Rio Grande do Sul. “É importante ter plantas em locais diferentes para reduzir custos logísticos”, explicou.

Em Araucária, a indústria está instalada em local estratégico, próxima à Fosfértil, que fornece CO2 bruto à Air Liquide, que por sua vez faz a compressão, purificação e liquefação do gás. A nova unidade está gerando 15 empregos diretos.

O CO2 é utilizado principalmente pela indústria de alimentos e bebidas – na gaseificação de refrigerantes, por exemplo -, indústria metalúrgica – como gás de solda -, entre outras aplicações. Toda a produção da Air Liquide de Araucária já está comercializada através de contratos de longa duração.

No Paraná, uma das clientes da Air Liquide é a Bosch, localizada na Cidade Industrial de Curitiba. De acordo com o gerente de compras da Bosch, José Carlos Broch, adquirindo CO2 da unidade de Araucária representará uma redução de custo de 10% a 15%.

“Vamos ganhar em escala de produção”, destacou. A Bosch utiliza o CO2 nos fornos de tratamento térmico e consome entre 150 e 200 mil metros cúbicos por mês. Além da Bosch, a empresa mantém contrato com a Sadia, Denso e fechou parceria com o Grupo Vonpar, franqueada da Coca-Cola em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

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