Nos primeiros cinco meses do ano, o Paraná gerou 86.749 empregos – é o melhor desempenho no período desde 1992. O volume, quase 33% maior do que o de janeiro a maio do ano passado, conseguiu superar o resultado de 2004, que até então era o melhor, com 82.474 empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, e foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).
A geração de empregos de janeiro a maio esteve concentrada no interior do Estado, com 75,02% de participação e crescimento de 5,86%. Já a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) teve participação de 24,98% e crescimento bem menor: de 2,89%. Com o resultado de maio, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Paraná é de 1,946 milhão.
O emprego no Estado foi puxado, principalmente, pela indústria de alimentos e bebidas, com saldo de 22.150 postos de trabalho – todos no interior do Estado – e crescimento de 14,49%. Na RMC, o setor registrou saldo negativo de 81 vagas. Em seguida, aparece o setor de agricultura e silvicultura (com 11.664 empregos), por conta da safra agrícola de diversos produtos, entre eles a cana-de-açúcar, que é intensiva em mão-de-obra. O comércio varejista aparece na terceira posição, com a criação de 7.925 empregos e crescimento de 2,15%. Outros setores que se destacaram positivamente foram hotéis e restaurantes (saldo de 7.112 empregos), construção civil (5.078) e indústria têxtil e vestuário (5.014).
Na comparação com janeiro a maio do ano passado, os setores que mais contrataram este ano foram a indústria de materiais elétricos e de comunicação – cujo saldo passou de 144 para 1.126, ou seja, crescimento de quase 682% -, indústria têxtil e do vestuário – que passou de 1.155 novos empregos no ano passado para 5.014 este ano, crescimento de 334% – e a indústria de material de transporte (montadoras), que havia contratado 561 pessoas entre janeiro e maio do ano passado e contratou 1.971 este ano.
Já na comparação com outros estados, o crescimento de 4,67% no nível de emprego do Paraná foi o sexto maior do País, acima da média nacional, que ficou em 3,30%.
Maio
Especificamente em relação ao mês de maio, o nível de emprego do Paraná cresceu 0,85%, o que representou criação de 16.360 vagas – a maior parte delas (74%) no interior do Estado. A exemplo do acumulado no ano, a indústria de alimentos e bebidas foi a que mais contratou em maio, com a geração de 3.970 vagas, seguida pela agricultura (2.522) e comércio varejista (2.307). O volume de empregos gerados cresceu 21,47% na comparação com igual mês do ano passado. Em relação a outros estados, o desempenho do Paraná (0,85%) foi o décimo melhor do País, atrás de estados como Minas Gerais (1,71%), Roraima (1,58%) e Pernambuco (1,39%).
Grande Curitiba
Na RMC, o nível de emprego cresceu 0,55% em maio – representando 4.220 vagas – e 2,89% nos primeiros cinco meses do ano (21.669 postos de trabalho). Desde janeiro, as oportunidades de emprego estiveram concentradas nos setores de hotéis e restaurantes (4.014 empregos), comércio varejista (3.038) e construção civil (2.779).