O Paraná começou o ano com um forte ritmo de geração de vagas formais de trabalho, conforme apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (24). No saldo de empregos, entre os trabalhadores admitidos e os desligados, o Paraná ficou em quarto lugar no ranking nacional, com 14.954 novos postos de trabalho. Foi o volume mais expressivo já registrado no Estado para janeiro desde o início da série histórica, em 1992.
O mais importante, no entanto, é observar a variação relativa desses postos de trabalho, que no Paraná ficou em 0,63%, crescimento em relação aos assalariados com carteira assinada do mês anterior. Essa variação, incluindo todos os estados, fechou o mês de janeiro com 0,42%. Os setores que mais contribuíram para o bom desempenho do Estado foram a indústria de transformação (5.860 vagas), serviços (5.460) e construção civil (3.704).
Comparado com os outros dois estados da Região Sul, no entanto, o Paraná teve o pior desempenho, já que a variação relativa de Santa Catarina foi a melhor do Brasil, com 0,97% (106 mil trabalhadores admitidos e 89 mil desligados) e a do Rio Grande do Sul ficou com 0,73% (125 mil admitidos e 108 mil desligados).
Acumulado
No acumulado dos últimos doze meses, houve geração de mais de 151 mil postos de trabalho no Paraná, um aumento de 6,74%, o segundo melhor entre os três estados da Região Sul, onde o Rio Grande do Sul gerou quase 177 mil postos.
Na Região Metropolitana de Curitiba, houve acréscimo de 5.860 empregos formais em relação ao mês anterior (0,59%), o segundo melhor desempenho de toda a série histórica do Caged para a região no período, sendo superado apenas pelo índice observado em 2010, com 6.973 postos de trabalho.
Entre as cidades com mais de 30 mil habitantes, Curitiba lidera o ranking com saldo de 2,7 mil novos empregos, numa variação relativa de 0,4%. Destacam-se também os municípios de Maringá, com geração de quase 1,3 mil novos postos assalariados, e Londrina, com pouco mais de 1 mil novos trabalhadores. Esses municípios são seguidos por Cascavel (718 novos empregos em janeiro); São José dos Pinhais (706) e Pinhais (678).
Para todo o ano de 2011, de forma geral, deve haver boa geração de empregos, de acordo com avaliação do economista Cid Cordeiro, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Talvez não se repita o mesmo bom desempenho de 2010, quando a estimativa de crescimento da economia era maior, 7,8%, enquanto para esse ano a previsão seja de 4% a 5%”, explica o economista.
Nacional
O Brasil gerou 152.091 empregos formais em janeiro, segundo dados do Caged. Foram admitidos 1,65 milhões e demitidos 1,49 milhões de trabalhadores. É o segundo melhor saldo da série histórica, que teve início em 1992. O melhor saldo para meses de janeiro foi em 2010, com a geração de 181.418 empregos formais.
Os setores que mais contribuíram para o saldo positivo foram os de serviços (71.231), da indústria de transformação (53.207) e da construção civil (33.358). Por fatores sazonais, os únicos setores que apresentaram saldo negativo foram o comércio (-18.130) e a administração pública (-1.042).
O Sudeste foi a região que apresentou a maior geração de empregos (71.095), seguido do Sul (49.075) e do Centro-Oeste (28.552).