Paraná fecha divisa com Mato Grosso do Sul

O Estado do Paraná reforçou ontem a vigilância sanitária na fronteira com Mato Grosso do Sul por causa da suspeita de que a febre aftosa tenha ressurgido naquele estado. A suspeita sobre um novo foco, desta vez em Japorã, extremo sul do Mato Grosso do Sul, foi comunicada pelo Ministério da Agricultura, que, no entanto, ainda não confirmou a contaminação do rebanho. Japorã foi um dos municípios onde ocorreram mais de 30 focos de aftosa no ano passado, constatados a partir de outubro e com origem em Eldorado.

?É preciso agir com a máxima rapidez?, justificou o secretário de Agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas. Todos os veículos estão sendo pulverizados e a vigilância sobre o trânsito de animais -proibido até que Mato Grosso do Sul recupere o status de região livre da aftosa – foi reforçada. O comércio de carne e subprodutos da carne está proibido. A Polícia Militar será reforçada para apoiar os trabalhos dos técnicos da vigilância sanitária.

A suspeita de um novo foco no Mato Grosso do Sul surge quando o Paraná está em situação fragilizada porque parte do rebanho bovino da região oeste – a mais próxima do estado vizinho – está há mais de seis meses sem vacinação. A maioria dos sete focos de aftosa decretados no final do ano passado e em fevereiro deste ano pelo Ministério da Agricultura no Paraná localizava-se no oeste e milhares de animais somente poderão ser vacinados após a comprovação de que a região não possui mais o vírus. O rebanho do Paraná é de 10,5 milhões de animais.

O Paraná sacrificou 6.781 animais considerados infectados pelo ministério, diagnóstico até hoje rejeitado pelo governo estadual. A dúvida sobre a contaminação do rebanho somente será desfeita quando o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa, com sede no Rio, concluir a necropsia de 21 animais, selecionados por amostragem nas sete propriedades consideradas infectadas. O laudo deverá ser divulgado no final de junho.

A primeira etapa de vacinação está prevista para começar em maio, mas alguns produtores estão se antecipando. Em Paissandu, região noroeste, o rebanho está sendo vacinado porque no início do mês será aberta a exposição agropecuária do município vizinho, Maringá. (AE)

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