Seguindo a tendência que já começou no ano passado, o Paraná foi, no primeiro semestre de 2010, o quarto estado que mais recebeu autorizações de trabalho a estrangeiros.
Das 22.188 autorizações concedidas pelo Ministério do Trabalho no País, de janeiro a julho, 402 foram para o Estado. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério, que atribuiu o crescimento ao aumento dos investimentos no Brasil, e não a uma possível falta de mão-de-obra qualificada no País.
O número nacional já cresceu quase 19% em relação ao total do mesmo período de 2009. O Ministério do Trabalho não divulgou os dados estaduais do primeiro semestre do ano passado, mas a parcial deste ano já ultrapassa a metade das autorizações concedidas em 2009, que chegaram a 743. O Paraná costumava ocupar a quinta posição em número de autorizações por ano, mas no ano passado ultrapassou o Amazonas.
Se considerado o país de origem dos profissionais que chegaram ao Paraná este ano, os Estados Unidos lideram, com 63 trabalhadores. Em seguida vem o Reino Unido, com 39, a Finlândia (33), a Alemanha (23) e a França (20).
Entre os países do Mercosul, os números são pequenos, com o Chile liderando (18 autorizações). Argentina, Uruguai e Paraguai enviaram apenas dois profissionais cada ao Paraná.
No último mês analisado, junho, o Ministério concedeu 3.497 autorizações – o maior número observado para este mês em cinco anos. A maioria das autorizações concedidas este ano foi para trabalho temporário, com 20.760 licenças.
Das concessões temporárias, a maior parte foi dada aos que trabalham a bordo de embarcações ou em plataformas estrangeiras (8.244). Depois, com 3.724, estão as autorizações relativas a serviços de assistência técnica por até 90 dias. Artistas e esportistas estrangeiros foram o terceiro grupo que mais teve permissão liberada pelo MTE, foram 3.270 ao todo.
Motivo
“A vinda desses profissionais está relacionada com a implementação de investimentos”, declarou o presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida.
Entre os motivos citados por ele, estão a aquisição de máquinas e equipamentos importados, que demandam técnicos para a montagem, instalação ou repasse da tecnologia; a instalação de novas empresas estrangeiras, que demanda a vinda de profissionais estrangeiros para a fase inicial; e a vinda de embarcações e plataformas estrangeiras para exploração de petróleo, que vêm ao Brasil com suas tripulações estrangeiras, mas gradativamente contrata brasileiros para trabalho a bordo.