Apesar da redução de 525 empregos formais verificada em novembro pelo Ministério do Trabalho e pelo Dieese, o Paraná se mantém como um dos três estados mais geram empregos no País. Nos 11 primeiros meses do ano passado, o Paraná criou 94.205 novos postos de trabalho com carteira assinada. O número só foi superado por São Paulo (603.096) e Minas Gerais (l89.078), estados bem mais populosos que o Paraná. O resultado paranaense é o melhor do Sul e maior que a soma dos números dos sete estados do Norte.
A constatação é do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), ao informar, ontem, que a queda no mês e na comparação de 2005 para 2004 é o reflexo da estagnação econômica que atingiu o País. ?É resultado da política econômica que privilegia quem vive de aplicações no mercado, através das altas taxas de juros, e da sobrevalorização cambial que prejudica as exportações?, explica o presidente José Moraes Neto.
?Está claro?, acrescenta Moraes. ?O PIB despencou, comprometeu o crescimento, retraiu o desenvolvimento e fechou postos de trabalho. As empresas demitem porque não encontram uma outra opção. O Paraná, assim como outros estados, sofre com essa conjuntura nacional. Por isso mesmo, vem reforçando medidas e adotando políticas – como redução custos e impostos – que induzem o crescimento da economia estadual e geram mais empregos aos paranaenses?, salienta o presidente do Ipardes.
Moraes também relacionou a forte estiagem que atingiu a agricultura paranaense nos primeiros meses de 2005 e a crise deflagrada pelo Ministério da Agricultura, ao apontar foco de aftosa no Estado, como fatores que comprometeram a economia do Paraná, especialmente a agricultura e o agronegócio, setores estratégicos para geração de emprego no Estado.
O Ipardes lembra ainda que 2005 foi o segundo melhor ano em geração de empregos com carteira assinada no Paraná desde 1995. O melhor desempenho foi verificado em 2004, quando o Estado gerou 122.648 postos de trabalho, um dos melhores resultados do País, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. ?Crescer, ainda que pouco, sobre uma taxa recorde, é positivo.?
Desde 1995, quando o Caged passou a divulgar os dados de forma mais ampla, os melhores resultados do Paraná em geração de empregos foram verificados em 2003, 2004, e 2005, justamente os três primeiros anos do governo Roberto Requião. Antes desse período, houve retração em quatro anos: 1995 (-25.327), 1996 (-32.805) , 1998 (-35.657) e 1999 (-16.649).
