Paraná disputa 2.º lugar no ranking de exportações

O crescimento das exportações do Paraná colocou o Estado na disputa pelo segundo lugar no ranking nacional, juntamente com Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O primeiro lugar é de São Paulo. De janeiro a agosto, o Paraná exportou US$ 4,7 bilhões – 13% das exportações brasileiras. Para 2003, a projeção é atingir US$ 7,8 bilhões nas vendas externas, o que representa um incremento de 36,8% sobre os US$ 5,7 bilhões de 2002, conforme o coordenador de assuntos do Mercosul da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Santiago Martin Gallo.

“Em função do seu grande potencial exportador, o Paraná foi incluído na agenda internacional do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para participar da meta estabelecida para o País, de dobrar as exportações em quatro anos”, afirmou Mário Mugnaini Júnior, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Ele esteve ontem em Curitiba, participando do seminário “Promoção de Exportações: o Paraná na agenda internacional”, realizado no Cietep pelo governo do Estado, Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná, Fiep, ACP, Isae/FGV, Sociedade Consular do Paraná, Instituto Brasil de Integração e Desenvolvimento e Companhia de Desenvolvimento de Curitiba.

O secretário executivo da Camex projeta que as exportações brasileiras cheguem a US$ 100 bilhões em 2007. Para atingir a meta, o governo federal busca abrir novos mercados através de acordos bilaterais e multilaterais com a Alca (Associação do Livre Comércio das Américas), União Européia e Mercosul.

No Paraná, um dos projetos da Coordenadoria de Assuntos do Mercosul é a identificação de mercados para produtos paranaenses de pequenas e médias empresas nas áreas de eletroeletrônicos; mobiliários; vestuários, bonés e roupas profissionais; cosméticos, higiene pessoal e perfumaria; artesanato e produtos orgânicos. Estes setores receberão subsídios de cerca de R$ 2 milhões neste ano, através de parceria com a Apex (Agência de Promoção de Exportações), que estimula a participação em feiras e missões comerciais.

Paraná

Com saldo de US$ 2,5 bilhões na balança comercial de janeiro a agosto, o Paraná representa 20% do superávit nacional e detém o segundo maior saldo comercial do País. “O saldo forte é do agronegócio (grãos, carne de galo e galinha). A balança comercial do setor automotivo gera déficit, porque há muita importação”, citou Gallo. Outros setores de destaque nas vendas externas do Estado são: madeira, móveis, açúcar e papel. Na avaliação de Mugnaini, a soja e seus derivados devem continuar liderando exportações paranaenses, mas os empresários locais devem explorar o potencial que o Estado tem para agregar valor à produção. Ele ressaltou o incremento das exportações de produtos industrializados, como automóveis e motores, de maior valor agregado.

A expectativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é dobrar o atual volume de exportações para 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007. Para isso, Mugnaini propôs aos empresários paranaenses que mantenham 20% da produção e faturamento comprometidos com exportações.

O diretor-superintendente do Sebrae Paraná, Hélio Cadore, aposta nos consórcios de exportação – com apoio da Apex – como caminho para as pequenas e médias empresas se inserirem no mercado internacional. Fabricantes de bonés de Apucarana já participam desse programa cooperativo, que também está sendo implantado entre produtores de cachaça. Cadore acredita que outros setores potenciais para explorar o mercado externo são artesanato, móveis, produtos orgânicos e turismo. “A pauta de exportações do Paraná é baseada em produtos primários e automóveis, sujeita à oscilações. É preciso ampliar a gama de produtos e serviços exportáveis, não só incentivar os atuais, mas integrar novas empresas nas exportações”, disse Cadore.

Frustração

Nenhum dos ministros convidados para o evento compareceu: Roberto Rodrigues (Agricultura), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Celso Amorim (Relações Exteriores).

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