Paraná discute benefícios para instalação de empresas

A primeira empresa a se instalar no Paraná na gestão do governador Beto Richa deve ter como endereço o município de Ponta Grossa, situado a 103 quilômetros de Curitiba.

Seguindo os passos da AmBev, que negocia a redução do ICMS para confirmar o investimento, empresários japoneses da fábrica de autopeças THK estiveram, ontem, na cidade para avaliar a viabilidade de construir uma unidade em território paranaense.

Além dessas duas negociações, Ponta Grossa vem sendo cotada para um terceiro investimento de porte relevante. Informações extraoficiais dão conta que um total de cinco empresas, incluindo as três que já avançam nas negociações com Ponta Grossa, aguardam decisões do governo do Estado nas áreas de incentivos fiscais e melhora da infraestrutura, para confirmarem tais investimentos no Paraná.

Tais ações vêm sendo articuladas via programa Paraná Competitivo. Ontem, ao mesmo tempo em que Ponta Grossa recebia investidores da THK, acontecia no Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), em Curitiba, uma reunião de representantes de vários órgãos envolvidos no programa dentre eles: Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Estudos Estratégicos, Agência de Fomento, Companhia Paranaense de Energia (Copel), Companhia Paranaense de Gás (Compagás) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Dessa reunião saíram duas propostas que serão analisadas nos próximos dias. Segundo o secretário de estadual de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, as sugestões encaminhadas para avaliação dizem respeito à realização de incentivos ficais por meio da revisão do Programa Paraná Bom Emprego e de uma política de crédito de ICMS via diferimento do tributo cobrado pela Copel sobre o consumo irregular de energia.

Também foi sugerido na reunião a alteração na portaria estadual de benefício à importação, visto que alguns setores têm sofrido desindustrialização pela perda de competitividade com os produtos vindos de fora.

“Evoluímos muito sobre várias demandas da indústria e estamos perto de chegar a um modelo para tornar o Paraná mais atraente aos investimentos, conforme o que foi proposto pelo governador no programa de governo””, afirmou Barros.

Esse compromisso foi reafirmado ontem pelo governador Beto Richa durante uma reunião na Associação Comercial do Paraná (ACP). Richa reconheceu que há várias companhias sondando o Estado.

”Tem muitas empresas querendo voltar para o Paraná e a vinda de novas indústrias gera emprego e renda””, afirmou. Com relação aos incentivos reivindicados pelos investidores o governador explicou que isso está sendo estudado com cautela. “Tudo isso será feito com absoluto critério para que o Paraná não venha a ter prejuízos com possíveis isenções fiscais”.

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