Paraná bate recorde na safra de grãos

O Paraná bateu o recorde nacional da colheita de grãos, na safra 2002/2003. A soja e o milho foram os que mais se destacaram na produção total de grãos de verão, que chegou a 24,5 milhões de toneladas, com um aumento de 20,1% em relação ao ano passado, quando foram colhidas 20,1 milhões de toneladas. Rio Grande do Sul e Mato Grosso ficaram com a segunda e terceira colocações nesta safra de verão. As informações são do secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti.

“A safra 2002/2003, que está se encerrando agora, teve um desempenho muito positivo. Mais uma vez o Paraná se coloca à frente dos demais estados do País como o maior produtor de grãos. Embora tenhamos pouco mais de 2% de área do território brasileiro, a agricultura paranaense sai à frente com uma previsão de colher aproximadamente 25 milhões de toneladas de grãos”, comemora.

De acordo com o secretário, as lavouras de milho e soja responderam por 95% da produção da safra de grãos de verão do Paraná. Segundo ele, a safra normal de milho foi reavaliada para 8,13 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 7,7% para uma área de cultivo 3,5% inferior.

Segundo ele, a produção de milho safrinha (plantado fora de época normal) está estimada em 4,43 milhões de toneladas. A soja, conforme Pessuti, foi a lavoura que apresentou maior aumento na área de cultivo das lavouras semeadas na época primavera-verão, com crescimento de 8,95%, com produção de 10,71 milhões de toneladas.

Clima

Pessuti disse que o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras, aliado à adoção de boa tecnologia fizeram com que o Paraná ficasse com o primeiro lugar na colheita de grãos, “com destaque para o aumento da produtividade”. Segundo ele, a soja, cuja colheita já foi concluída, teve um rendimento médio nas lavouras do Paraná próximo a 3 mil quilos por hectare. Esta produtividade, conforme adiantou, supera a do ano passado que foi de 2.870 quilos por hectare.

O secretário disse ainda que o destaque fica por conta da região Oeste do Paraná, com média de 3.141 quilos por hectare e para a região Centro-Sul, com 3.161 quilos por hectare, na produção de soja. No caso do milho, além do Oeste, com 7.300 quilos por hectare, e Centro Oeste, com 6.500 quilos por hectare, a região Sudoeste paranaense se soma na produtividade, com média de 6 mil quilos por hectare.

“Somando-se as duas safras de milho (normal e safrinha) a estimativa é de que o Paraná colha 12,318 milhões de toneladas da cultura, representando um aumento na produção de 27% em relação ao ano passado”, explica. A Secretaria da Agricultura está tratando com o Ministério da Agricultura, sobre o reconhecimento do zoneamento agroclimático de áreas no Paraná, o que possibilitará aos produtores de milho safrinha e de uma nova “fronteira agrícola” na região do Arenito Caiuá (Paranavaí), acesso a financiamentos com seguro, informou.

“Buscamos entendimentos com o Ministério da Agricultura para que os produtores paranaenses que hoje têm acesso a financiamentos, mas não têm seguros, possam plantar sem medo. Eles plantam sem garantias de que a colheita será positiva, porque estão sujeitos às variações climáticas e aos riscos”, disse, lembrando que, financiamento com seguro também deve contribuir para o aumento de produção e da produtividade no campo.

Pedágio

Ainda de acordo com o secretário, a redução nas tarifas do pedágio trará respostas na mesa do consumidor. “Essa situação de redução nos preços das tarifas cobradas nas praças de pedágio pode beneficiar o produtor, com impacto direto na produção, além de propiciar melhor renda ao agricultor e, conseqüentemente, na economia paranaense, já que pode melhorar também a competitividade dos nossos produtos além-fronteira”, completa.

O secretário acredita que o Paraná deverá manter o primeiro lugar na colheita de grãos, adiantando que ações para isso serão implementadas, como o zoneamento agrícola do Estado, que será apresentado na próxima semana ao governador Roberto Requião e outras políticas de incentivo aos agricultores, como a reativação do projeto que prevê a distribuição de calcário aos produtores, entre outras medidas.

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