O setor avícola do Paraná encerrou o primeiro semestre com novo recorde de exportações, tanto em volume quanto em faturamento. Foram 418,5 milhões de quilos de frango vendidos para o mercado externo entre janeiro e junho deste ano, volume 4,16% maior do que o registrado no mesmo período de 2007, ano em que o Paraná teve o melhor desempenho no setor.
Em faturamento, a alta foi ainda mais significativa, com crescimento de 22,68%, passando de US$ 538,5 milhões nos primeiros seis meses do ano passado contra US$ 696,4 milhões este ano. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar)
“O Brasil exporta frango para 155 países, e o Paraná vende para praticamente todos eles. As vendas vêm aumentando por conta da qualidade dos nossos produtos e dos preços”, comentou o presidente do Sindiavipar, Domigos Martins.
Segundo Martins, o Paraná vem ampliando os negócios em mercados já consolidados e está investindo em maior valor agregado. “Bom seria se o dólar estivesse mais valorizado. Mesmo assim, houve recuperação dos preços internacionais, que amenizou o prejuízo aparente do câmbio”, apontou.
Participação
O Paraná exporta praticamente um terço de sua produção avícola e representa 25,49% do volume das exportações brasileiras de frango de corte, atrás apenas de Santa Catarina.
No primeiro semestre do ano, o país exportou 1,6 bilhão de quilos de frango, alta de 5,24% comparado ao mesmo período do ano passado, quando o País tinha exportado 1,5 bilhão de quilos. Em faturamento, as indústrias paranaenses representam 23,98% do arrecadado pelo setor avícola nacional.
Para este ano, a estimativa do Sindiavipar é de crescimento de cerca de 12% no volume das vendas com o mercado externo. Para isso, o setor espera ampliar as comercializações no segundo semestre, época em que tradicionalmente o Paraná exporta mais devido principalmente a fatores climáticos no hemisfério norte.
Cenário favorável
Ao contrário do ano passado, quando o setor temia a possível falta de oferta de milho no mercado interno – o que interferiria no preço do insumo -, este ano o cenário é mais tranqüilo, observou Martins.
É que agora os preços estão melhores no mercado interno, o que não deve estimular as exportações principalmente para os Estados Unidos, que utiliza o milho para a produção de biocombustível.
“Acreditamos que as exportações de milho este ano não cheguem nem na metade do volume exportado no ano passado”, arrematou o presidente do Sindiavipar.