A produção acumulada de carnes bovinas, suínas e avícolas com inspeção federal do Paraná superou a marca de 1,7 milhão de toneladas em 2007, no período compreendido entre janeiro e agosto de 2007. Esta marca supera em 100 mil toneladas o total produzido no mesmo período do ano anterior, um incremento de 6% em relação a 2006. O levantamento é do Sindicarne e, segundo seu presidente e também presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Pessoa Salazar, a previsão é de que o Estado vai fechar o ano com uma produção de carnes acima das 2,6 milhões de toneladas. No entanto, o desempenho dos três segmentos de proteínas animais não foi uniforme.
O segmento da carne bovina, que em 2005 abateu 1,4 milhão de cabeças, não atingiu 1,3 milhão no ano seguinte e, em 2007, o Sindicarne estima que dificilmente será atingida a marca de 1,1 milhão de cabeças abatidas. O abate acumulado de janeiro a agosto foi 14% menor que o verificado no mesmo período de 2006, decorrente da menor disponibilidade de bovinos para abate no Paraná. A produção de carne bovina atingiu até agosto 160 mil toneladas, 25 mil toneladas abaixo do mesmo período do ano passado.
Já a produção de carne suína, pelo contrário, apresentou um crescimento de 9% nos abates acumulados deste ano, gerando uma produção de 233 mil toneladas, ou 21 mil toneladas a mais que em 2006. No ano passado, o Paraná abateu 3,8 milhões de suínos com SIF (Serviço de Inspeção Federal), sendo que a projeção do Sindicarne é a de que em 2007 sejam abatidos 4,1 milhões de suínos.
O setor avícola, por sua vez, vinha apresentando índices de crescimento anuais médios de 10% ao longo da década, mas teve de pausar a produção em 2006 para ajustar-se à redução das exportações decorrente do temor da influenza aviária, que atingiu diversas regiões do mundo. Superada a crise, o setor avícola paranaense retomou sua expansão, sustentada principalmente na forte recuperação das vendas externas e já acumula alta de 11% no volume produzido.
Para Péricles Pessoa Salazar, ?com a recuperação do status internacional do Paraná como área livre de febre aftosa com vacinação pela OIE – Organização Internacional de Epizootias, prevista para ocorrer até o final deste ano pelo Mapa, os embargos externos que ainda persistem sobre as carnes bovina e suína paranaenses serão retirados, alavancando um aumento dos abates efetuados pelos estabelecimentos frigoríficos do Estado?, disse.