Paraná atraiu R$ 30 bilhões desde 1995

O Paraná, nos últimos oito anos, conseguiu atrair R$ 30 bilhões em empreendimentos industriais, com mais de 600 empresas se instalando ou ampliando atividades no Estado. A informação foi dada hoje (28) pelo governo do Estado, com a garantia de que a desconcentração nacional apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi repetida no Paraná, com a distribuição entre vários municípios. ?O Paraná se preocupou em não concentrar as empresas em uma única região?, afirmou o governador Jaime Lerner (PFL).

Nos últimos anos, o Paraná ganhou projeção em razão das montadoras de automóveis que conseguiu atrair, sobretudo a Renault e a Volks/Audi, que se instalaram na região metropolitana de Curitiba. No entanto, corroborando dados do governo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que o crescimento das indústrias tradicionais do Estado, como a têxtil, de produtos alimentares e de madeira, foi expressivo no interior. ?A indústria automobilística não mudou o perfil econômico, mas trouxe apenas uma diversificação no próprio setor?, diz o economista do Dieese, Sandro Silva.

Entre as indústrias alimentares, uma das mais conhecidas é a Kraft Lacta, do grupo Philip Morris, que transferiu o parque fabril de São Paulo para Curitiba. ?A desconcentração industrial é benéfica, pois garante o desenvolvimento equilibrado do Brasil?, avalia Lerner. ?Inclusive São Paulo, o grande centro econômico brasileiro, sai ganhando com a descentralização.?

Várias outras empresas do setor agroindustrial aproveitaram benefícios do Programa Paraná Mais Empregos, que permite dilação no prazo de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para expandir as atividades.

No entanto, segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), os incentivos fiscais são apenas o quinto fator para que empresários decidam-se por investir no Estado. Antes deles aparecem a mão-de-obra qualificada; a infra-estrutura, sobretudo energia elétrica e telefonia; a localização estratégica; e a qualidade de vida. Ainda de acordo com a Fiep, o setor metalomecânico e de materiais elétricos e comunicações vem assumindo um peso relativo maior dentro da economia a partir da década de 90.

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