Foto: Arquivo/O Estado |
Regionalização permitiria "blindagem" do plantel nacional. continua após a publicidade |
Os atuais níveis de alojamento de frango de corte, o câmbio dólar x real e sua influência nas exportações de frango de corte e a tomada de medidas destinadas a acelerar o processo de regionalização sanitária no Brasil, serão preocupações avaliadas pelo segmento avícola brasileiro por iniciativa da avicultura paranaense. Estas questões serão apresentadas por representantes do Paraná durante reunião da União Brasileira da Avicultura (UBA) que será realizada em São Paulo, no dia 6 de dezembro. Neste encontro representantes do segmento avícola de todo o Brasil vão realizar um balanço do ano de 2005, projetar as perspectivas para 2006 e determinar as estratégias para serem executadas no futuro.
As propostas que serão apresentadas pelo Paraná para discussão nacional foram definidas em reunião realizada nesta sexta-feira, na cidade de Cascavel, em encontro promovido pela Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar). O presidente da instituição, Alfredo Kaefer, destaca que na oportunidade, o setor definiu que vai propor a atuação conjunta com o poder público para acelerar o processo de blindagem da País para garantir os atuais níveis de sanidade avícola do Paraná e do Brasil. ?Vamos cobrar do governo brasileiro a mesma determinação que está sendo apresentada pelo governo do Paraná, que está sendo ágil na apresentação de soluções para nossas reivindicações?, destaca.
Kaefer cita que o primeiro passo neste sentido será a assinatura nesta quarta-feira (7 de dezembro) pelo secretário da Agricultura e Abastecimento (Seab) Orlando Pessuti, de uma série de medidas destinadas a permitir a regionalização sanitária no Estado do Paraná. Esta ação será formalizada durante reunião do Comitê Estadual de Sanidade Avícola do Paraná (Conesa). ?Estas medidas foram definidas em conjunto durante o II Encontro Técnico Unifrango, promovido pela Unifrango Agroindustrial em Maringá, em novembro, que contou com a participação de Pessuti, e já começam a ser aplicadas?, afirma.
Outra decisão tomada na reunião desta sexta-feira foi a necessidade de discutir o comportamento do câmbio de real em relação ao dólar e a variação dos preços do frango no mercado internacional. Segundo Kaefer a avaliação é que o setor vem verificando perdas decorrentes da desvalorização do dólar em relação ao real e por causa da queda entre 8% e 10% dos preços internacionais. Isto tem feito surgir uma tendência de redução de plantel destinados à exportação, já praticada por algumas empresas. ?A queda do dólar está nos deixando menos competitivos, a situação sanitária preocupa, por isso estamos buscando soluções?, destaca.