O Paraná gerou 72.217 empregos formais nos primeiros oito meses do ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O resultado já ultrapassa com folga o de todo o ano passado, quando 62.419 postos de trabalho foram criados no Estado. Os números colocam mais uma vez o Paraná como um dos três líderes no País na criação de empregos com carteira assinada, juntamente com São Paulo (291.453) e Minas Gerais (107.087).
Proporcionalmente à população, a liderança é do Paraná, já que São Paulo tem uma população quatro vezes maior e Minas Gerais duas vezes. O resultado do Paraná no ano também foi superior ao da soma dos sete estados do Norte (30.336) mais ao dos nove estados do Nordeste (1.755). A posição do Paraná também superou a soma dos resultados do Rio Grande do Sul (21.940) e Santa Catarina (21.940).
O levantamento é baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do governo federal e é usado também pelo Dieese em seus estudos sobre desemprego. São números considerados muito positivos pelo governo do Estado, já que representam que o Paraná está gerando 300 novos empregos ao dia, ou 450 a cada dia útil. O cadastro não considera os empregos informais.
Outubro
Só em outubro, o Paraná criou 8.698 empregos, resultado que só ficou atrás de São Paulo (22.222). Do total de novos postos de trabalho surgidos no mês no Paraná, 5.382 foram registrados na área de serviços, segmento em que o destaque ficou com os estabelecimentos de ensino, com 2.599 vagas abertas no mês. O comércio criou 2.380 empregos e a indústria 2.157. A agricultura, pela primeira vez no ano, teve um saldo negativo de 542, mas no acumulado do ano ficou com 17.997 novos postos de trabalho.
Na análise do governo do Estado, o bom desempenho do Paraná se deve, basicamente, ao aumento das exportações e ao fortalecimento das agroindústrias. As indústrias de alimentos e bebidas, por exemplo, geraram sozinhas 12.938 empregos nos primeiros oito meses do ano. A indústria têxtil e de vestuário respondeu por 3.674 postos de trabalho. Na área do comércio, 11.157 ficaram com o varejista e 2.569 para o atacadista no acumulado do ano.
O governo estadual acredita que, para os próximos meses, a tendência é de continuidade do crescimento, principalmente em função das medidas de incentivo fiscal lançadas pelo governador Roberto Requião. Os destaques ficam por conta da isenção do ICMS para pequenas e microempresas, da redução do ICMS nas compras dentro do Estado e sobre os insumos da construção civil, e ainda da postergação do pagamento do imposto em 48 meses para novas empresas ou ampliação de investimentos já instalados.