Paralisações na Dataprev e na Repar

Após os reajustes recentes obtidos pelos bancários e metalúrgicos, resultado da deflagração de greves das categorias, as paralisações ou ameaças têm se espalhado em outras negociações salariais.

Ontem, os servidores da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) lotados em Curitiba cruzaram os braços por tempo indeterminado. Em Araucária, funcionários da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras, rejeitaram a última proposta da empresa e aprovaram um indicativo de greve.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná (Sindipetro-PR), Silvaney Bernardi, por enquanto os protestos se limitam a atos de curta duração, feitos de surpresa nas unidades.

Ontem pela manhã, por exemplo, foi a vez da Repar, onde, segundo ele, todos os funcionários do turno e 40% dos empregados da área administrativa aderiram. Esta semana, ele afirma que pode haver manifestação na Unidade de Industrialização do Xisto, em São Mateus do Sul.

Bernardi diz que as principais reivindicações dos funcionários envolvem um ganho real de 10% (mais a inflação do período), além de cláusulas sociais, que são negociadas a cada dois anos.

A Petrobras ofereceu 2% de ganho real e um abono de 80% dos salários. As negociações acontecem em âmbito nacional, entre a direção da empresa e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Na Dataprev, a greve iniciada ontem seguiu decisão de uma assembleia realizada na última quarta-feira (21). O movimento, que, por ordem do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve manter contingência mínima de 40% em cada setor, também é nacional.

Como o órgão atende o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os serviços previdenciários podem ser prejudicados. O centro de processamento de dados fica no Rio de Janeiro, onde também há paralisação. Em Curitiba, a greve pode afetar serviços pontuais, como reparos em equipamentos, por exemplo.

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