O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, disse ontem à noite que uma ajuda financeira para a Grécia, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), é uma “solução executável”. Trichet também negou ter criticado um acordo com inclusão do FMI. “Disse que qualquer solução deveria vir com grande responsabilidade dos governos”, disse Trichet.

continua após a publicidade

Em entrevista concedida durante o encontro de líderes da União Europeia, em Bruxelas, Trichet disse estar confiante de que a linha de financiamento proposta não precisará ser acessada, uma vez que a confiança dos mercados financeiros na capacidade do governo grego de pagar sua dívida está progressivamente retornando.

“Acredito ser uma solução executável”, disse Trichet, acrescentando que “estou confiante de que o mecanismo escolhido não precisará ser ativado e de que a Grécia irá progressivamente reconquistar a confiança do mercado”.

O presidente do BCE afirmou ainda que o mecanismo de ajuda União Europeia-FMI proposto para a Grécia não deveria comprometer a independência do BCE ou a responsabilidade dos governos membros da zona do euro. “A independência do banco central é sacrossanta”, afirmou. “Eu disse que é importante preservar a responsabilidade dos governos membros da zona do euro”, acrescentou.

continua após a publicidade

Em comentários feitos durante entrevista pré-gravada para a rede pública de televisão francesa Public Senat e reproduzidos pela imprensa ontem, Trichet teria dito que “se o FMI, ou outra qualquer instância, exercesse responsabilidade no lugar do grupo do euro, no lugar dos governos, então obviamente seria muito, muito ruim”. As informações são da Dow Jones.