economia

Para Temer, acordo com EUA abrirá outros mercados para carne brasileira

O presidente em exercício, Michel Temer, disse se sentir “muito compensado” porque as coisas que, ao longo do tempo “demoravam enormemente” no governo, estão conseguindo andar. Sem citar o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Temer disse que trabalha para pacificação nacional e para a retomada do crescimento e voltou a dizer que o primeiro direito social é o emprego e que o seu governo trabalha para diminuir o desemprego. “Eu me sinto muito compensado porque coisas que ao longo do tempo demoravam enormemente – não vou elencar as questões que foram decididas nesses 80 dias, mas as questões que demoravam dois, três anos (..) – estão tudo resolvendo”, disse.

Em um discurso rápido – praticamente todo para exaltar o trabalho do ministro da Agricultura, Blairo Maggi – Temer disse que o ministro dá exemplo “de um governo que não para” e repetiu as palavras do ministro e afirmou que a abertura das exportações de carne fresca e congelada para os Estados Unidos é importante, pois significará abertura da carne brasileira para os demais países. “Nesses 80 dias fizemos coisas boas no governo e a principal foi escolher os ministros”, disse Temer, no início de sua fala de pouco mais de cinco minutos.

O presidente interino lembrou que o acordo foi um trabalho “de muitos anos”, mas não citou o governo da presidente Dilma. “Temos que reconhecer que outros tantos trabalharam (pelo acordo)”, disse. O acordo entre Brasil e Estados Unidos foi selado na semana passa em Washington, durante o IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA). Segundo o governo, a expectativa é de que os embarques comecem em 90 dias, após a finalização dos trâmites administrativos.

Presente no evento, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou que a cerimônia de hoje vem de um esforço de 17 anos. “Hoje culminamos uma fase iniciada em 1999, em várias administrações presidenciais atrás”, disse. “É uma vitória do agronegócio que abrirá novos mercados”, completou.

O Brasil já vende carne bovina industrializada para os EUA. Em 2015, de acordo com dados do governo as exportações somaram US$ 286,8 milhões. Com o fim dessa negociação em relação à carne fresca e congelada, os frigoríficos brasileiros, juntos, terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano.

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