O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta quarta-feira (27) que a liberação pela União Européia das importações de carne in natura de 106 fazendas brasileiras foi uma abertura "mais simbólica do que de fato". O gesto europeu, para o ministro, restabelece a confiança nos procedimentos sanitários realizados pelo Brasil e abre a perspectiva para a normalização completa deste comércio até o final deste ano. "Mantenho minha confiança de que o comércio se restabeleça ainda neste ano", afirmou. "A decisão da União Européia foi um sinal de confiança no sistema de rastreamento do rebanho do Brasil. Nós mesmos reconhecemos erros e tivemos a capacidade de corrigi-los", acrescentou.

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De acordo com Stephanes, para recompor todo o volume de carne exportada até o ano passado para a União Européia será necessário que a liberalização atinja cerca de mil propriedades brasileiras. Esse número, entretanto, não significa um limite, explicou. Segundo o ministro, o Brasil poderá apresentar um número muito maior de fazendas que serão auditadas e liberadas para a exportação para a União Européia ou não.

Stephanes recebeu a imprensa no Ministério após reunião com o embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, que o informou sobre a decisão de Bruxelas. A informação oficial sobre a liberação da importação ainda não foi enviada ao Ministério da Agricultura.

Segundo Stephanes, o Ministério da Agricultura não enfrentará este ano falta de recursos para a fiscalização sanitária e de rastreamento dos rebanhos. Conforme informou, a proposta de Orçamento para 2008, em exame pelo Congresso, prevê um volume adicional de 90 milhões para o ministério. "Esses recursos serão suficientes para fazermos um bom trabalho na área sanitária, mas claro, temos que considerar o tamanho do Brasil e o fato de que cada produto tem seus inimigos naturais.

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