Em um primeiro momento, os acordos celebrados entre o Banco do Brasil, nesta quarta-feira, 19, e a Caixa Econômica Federal, na terça-feira, 18, com as principais associações do setor automotivo terão um impacto “marginal” sobre o mercado de trabalho, na avaliação do presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Roberto Butori.

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Apontados como saídas para limitar as demissões no setor, os acordos preveem apoio financeiro às empresas da cadeia automotiva, como juros mais baixos, diminuição do prazo de concessão dos financiamentos e alargamento do período de pagamentos. Não há nos contratos, porém, condicionantes como limite de demissões ou obrigatoriedade formal de manutenção do nível de emprego nas empresas que firmaram os convênios.

Na avaliação de Butori, os reflexos destas propostas no mercado de trabalho se darão no longo prazo, à medida que o crédito contribuir para a retomada da cadeia automotiva com aumento do número de pedidos, retomada da produção e, por consequência, maior necessidade de mão de obra.

O executivo do Sindipeças avalia que houve demora na adoção de iniciativas como as anunciadas e também do Plano de Proteção ao Emprego, proposto pelo governo federal. “Em 2012, nós já havíamos proposto o PPE, mas o governo não aceitou”, disse.

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