Para presidente do Banco Central, expansão prolongada traz risco de euforia

Todas as experiências de expansão prolongada das economias de qualquer país trazem consigo o risco de exagero, de exuberância, de euforia. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (22) pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Esse movimento depois pode gerar também exagero de correção e é importante olhar isso com muito cuidado", afirmou a jornalistas, após participar da posse do presidente da Associação Brasileira de Bancos Internacionais (ABBI), Enilson Alonso.

Meirelles ponderou que nesse momento há uma correção externa de preços. As bolsas nos Estados Unidos apresentam queda repetidamente, o que afeta o mercado acionário brasileiro. O índice Bovespa acumulava este mês, até hoje, perda de quase 7%. "Não estamos exatamente hoje num momento de euforia, mas é importante termos atenção aos exageros", recomendou Meirelles.

Segundo o presidente do BC, como a expansão do Brasil é liderada pela demanda doméstica, há um clima de tranqüilidade no País. "Mas é importante que sempre digamos: olha, no momento em que as coisas vão bem e que há indícios de que continuarão bem, é também o momento de termos cuidado", reafirmou.

Na avaliação de Meirelles, está claro que se porventura a economia norte-americana entrar em recessão, isso afetará as economias de todo o mundo, porque a demanda daquele país por importações diminuirá. Ele disse, no entanto, que não compete ao Banco Central dar opiniões a respeito de preços específicos de alguns ativos financeiros.

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