Após as informações desencontradas de integrantes do governo federal sobre a possibilidade de aumento do preço da gasolina, a Petrobras divulgou um comunicado à imprensa, nesta quinta-feira (7), reiterando que a empresa não realizou nenhum reajuste no valor do combustível e atribuindo a alta nas bombas ao aumento de preços do etanol anidro, que representa 25% da mistura da gasolina entregue pelas distribuidoras. Mas deixa no ar a possibilidade de alterar o preço da gasolina, em função da volatilidade no mercado internacional.

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“A Petrobras esclarece que a última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%, em 9/6/2009. Desde aquela data a empresa não aplicou qualquer reajuste no preço da gasolina “A” que vende para as distribuidoras, sem adição de etanol”, diz a nota. Segundo a petrolífera, “os recentes aumentos nos postos de abastecimento se referem ao aumento do preço do etanol anidro, que é adquirido e adicionado à gasolina pelas distribuidoras, no percentual de 25%”.

A estatal informa que a parte da Petrobras representa cerca de 30% do valor pago pelo consumidor nos postos. De acordo com a companhia, os impostos representam 41% do preço final. A parte das distribuidoras e dos revendedores (postos) é de 12% e o etanol anidro adicionado à gasolina corresponde a 18% do preço final do combustível.

“Como pode ser constatado, a Petrobras vem, há 23 meses, mantendo o preço da gasolina em suas refinarias no mesmo valor, mesmo com os aumentos do barril de petróleo no mercado internacional, que já chegou a US$145, no segundo semestre de 2008, e hoje está em torno de US$ 120”, cita a nota.

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A Petrobras esclarece, ainda, que não tem qualquer influência em relação à volatilidade do preço do etanol que vem ocorrendo. “Visando incentivar o aumento da produção nacional de etanol, a empresa vem ingressando no setor desde 2009, por meio de sua subsidiária Petrobras Biocombustível”, ressalta.

Em relação à gasolina “A”, vendida por suas refinarias às distribuidoras, a política da Petrobras, ao longo dos últimos anos, tem como premissa não repassar para o consumidor a volatilidade dos preços internacionais do petróleo no curto prazo, conforme o comunicado, que acrescenta: “a companhia pratica ajustes quando o valor do produto no mercado internacional estaciona em determinado patamar”.

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A Petrobras destaca que “os preços se mantêm alinhados aos principais concorrentes mundiais no longo prazo e o consumidor brasileiro fica protegido da extrema volatilidade do mercado internacional de derivados, que reflete muitas vezes conflitos geopolíticos, fatores climáticos ou movimentos especulativos, além do balanço de oferta e demanda, com componentes sazonais que variam entre as diversas regiões produtoras”.

Sobre notícias relacionadas com eventuais desabastecimentos de combustíveis a Petrobras esclarece que vem atendendo às solicitações das distribuidoras. “Além de manter suas refinarias operando a plena carga para atender a demanda nacional de derivados, cujo crescimento foi de 10% em 2010 e ficou em 5% no primeiro trimestre de 2011, a companhia tem mobilidade para importar gasolina e outros derivados em caso de necessidade ou para manter estoque de segurança, como ocorreu em 2010 e recentemente, com a importação de 1,5 milhão de barris, suficientes para atender a demanda nacional por dois a três dias”, finaliza a nota.

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