De acordo com o Fundo Monetário Internacional, os preços de alimentos devem atingir o pico em 2008, com expectativa de que tenham abrandamento gradual posteriormente. No curto prazo, no entanto, os riscos são de alta, uma vez que a demanda permanece forte, pondera no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês).
O Fundo calcula que os preços dos alimentos subiram 39% de fevereiro de 2007 até fevereiro de 2008. O Fundo cita que, no geral, os ciclos de preços de alimentos duram três anos, mas acredita que este será mais prolongado. "A razão é que a demanda por alimentos deve continuar aumentando rapidamente por algum tempo, com crescimento da produção de biocombustível nos EUA e na União Européia, e com continuidade da forte demanda dos emergentes", afirma.
Em 2007, os preços de alimentos responderam por cerca de 45% da inflação medida por índices cheios para grande parte das economias industriais e emergentes, em comparação com cerca de 27% em 2006, cita o Fundo. O impacto de preços mais altos dos alimentos sobre os emergentes é calculado em 70% nestas economias, sendo muito mais amplo do que o impacto sobre as economias avançadas, estimado em 20%.
O FMI prevê que o efeito dos preços mais elevados de alimentos sobre a inflação medida por índices cheios deve continuar aparecendo em grande parte de 2008, sendo que o potencial para efeitos secundários permanece uma preocupação.
