A taxa de inflação para a população de menor poder aquisitivo repetiu o comportamento de outubro e foi duas vezes maior do que a observada para a população de maior renda na capital paulista em novembro. A informação foi divulgada nesta terça-feira (4) pelo Dieese, que apesar de apurar que o Índice do Custo de Vida (ICV) apresentou uma variação média de 0,28% no mês passado ante 0,33% de outubro constatou que, para os mais pobres, a taxa foi de 0,42% e, para os mais ricos, de 0,20% no período.

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Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias paulistanas. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

Para o primeiro grupo, de menor poder aquisitivo, o ICV foi 0,11 ponto porcentual inferior à variação de 0,53% de outubro. No terceiro, de maior renda, a taxa de inflação foi 0,06 ponto mais baixa que a do mês anterior, de 0,26%. No grupo intermediário, o ICV passou de 0,38% para 0,37% no período analisado.

Alimentos

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O Dieese avaliou que a comparação dos estratos apontou, mais uma vez, a importância dos gastos do grupo Alimentação na composição dos diferentes indicadores de inflação por estrato de renda.

Segundo a instituição, nota-se que em todos eles as contribuições deste grupo são bastante próximas à representação média de 0,28 ponto porcentual que os alimentos tiveram no ICV geral de 0,28% de novembro. No primeiro estrato, o grupo contribuiu com 0,45 ponto da inflação correspondente de 0,42%; no segundo, com 0,38 ponto porcentual de 0,37%; e, no terceiro, com 0,19 ponto porcentual de 0,20%.

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