O economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, disse que a queda de 0,84% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em abril ante março confirma o baixo desempenho econômico do Brasil. “Estamos passando por um ajuste importante e cada vez mais generalizado. A desaceleração já não abrange só a indústria, mas também serviços, investimentos e o mercado de trabalho. O ajuste está se espalhando para diversos setores da economia”, afirmou.

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Segundo ele, o resultado do IBC-Br, somado a indicadores antecedentes já disponíveis, reforça a percepção de que haverá uma deterioração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Por enquanto, o Besi projeta uma queda do PIB entre 0,5% e 1% no período, na margem. Para o dado consolidado de 2015, a previsão é de uma retração entre 1% e 1,5%, com viés de baixa. “Este número ainda deve ser revisto algumas vezes ao longo do ano”, falou.

Esta afirmação está baseada no entendimento de que a reversão do desaquecimento da economia pode demorar a acontecer. “A gente acha que no segundo semestre o quadro se estabilizada, mas não quer dizer que haverá melhora; talvez só no quarto trimestre, mas é muito mais uma esperança do que uma convicção”, disse Serrano, acrescentando que o quadro atual não dá elementos para se pensar que o segundo semestre será melhor do que o primeiro. “Ainda estamos testando níveis mais baixos de atividade em diversos segmentos, o ajuste no mercado de trabalho está só começando e vai se intensificar.”

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