Os analistas do mercado financeiro esperam que a inflação e as taxas de juros alcancem neste ano valores maiores do que se esperava. Segundo boletim semanal do Banco Central – divulgado ontem – que reúne estimativas de economistas das instituições financeiras do país, a taxa básica de juros da economia (Selic) deve fechar este ano em 13,63%. Até a semana passada, a previsão era de uma Selic de 13,50% ao final de dezembro.

A revisão foi influenciada pela decisão surpreendente do BC de manter os juros em 16,5% em janeiro. Além disso, o mercado já prevê agora que a Selic também não sofra alteração em fevereiro. Por isso, a expectativa de mercado para a taxa de juros média deste ano subiu de 14,84% para 14,99%.

O pessimismo dos investidores deve-se, basicamente, à possibilidade de aumento de juros nos Estados Unidos no segundo trimestre e à avaliação do BC de que o pequeno repique da inflação registrado nas últimas semanas possa ser duradouro.

O mercado acredita que o IPCA (principal índice de inflação do país) tenha ficado em 0,75% em janeiro. Até a semana passada, a previsão era de 0,70%.

Para o ano, os economistas apostam em um IPCA de 6,02%. Trata-se da segunda semana seguida em que essa previsão é revisada para cima. Até a semana passada, a expectativa era de 6,01%.

PIB e balança

O mercado elevou a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano de 3,66% para 3,68%. No entanto, o PIB (Produto Interno Bruto), que deveria crescer 3,90% em 2005, segundo estimativas da semana passada, agora deve subir 3,85%.

Para a balança comercial, os analistas esperam um superávit de US$ 20,55 bilhões neste ano. A previsão anterior era de US$ 20,40 bilhões.

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