O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, enalteceu as decisões do grupo dos países do G-20, os desenvolvidos e 13 emergentes, em sua apresentação no seminário “Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2009” no Rio. Ele comentou que o acordo que dá mais recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) “é muito importante porque assegura a continuidade do fluxo comercial” no mundo e também para que países “sem as reservas que o Brasil tem” não tenham problemas.

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Os recursos do FMI vão ajudar principalmente esses países. “Depois da quebra do Lehman (Brothers, banco de investimentos norte-americano, em setembro), ficou claro que isso levaria a uma nova onda, que seriam os países emergentes e em desenvolvimento”, afirmou o presidente do Banco Central. A partir daí, a discussão entre os países evoluiu para o aumento das contribuições de cota ao FMI, contou.

Para Meirelles, “o estigma do FMI será mudado quando mudar a estrutura de governo do FMI”, com a entrada de países emergentes em posições de poder no Fundo. O Brasil passará agora a ser credor do Fundo. “Tudo isso é uma mudança histórica”, disse sobre as modificações no FMI nos últimos anos, incluindo as que ainda estão por vir, como as dos Direitos Especiais de Saque do FMI.

Meirelles chegou para o seminário com mais de uma hora de atraso e não respondeu a nenhuma pergunta dos jornalistas presentes, justificando que estava com pressa. O evento foi promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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