O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, previu um aumento do fluxo de investimento para o País ao longo do tempo como resultado do grau de investimento (investment grade) concedido nesta quarta-feira (30) pela agência Standard & Poor’s ao Brasil. ?Certamente o investment grade tem diversas conseqüências. Aumenta certamente o fluxo de investimentos ao longo do tempo, o que terá conseqüências importantes para a capacidade do País de crescer a taxas ainda mais elevadas. Isso é um dado inquestionável?, avaliou.

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Meirelles foi cauteloso, no entanto, em relação ao impacto da elevação da nota de risco de crédito no ingresso de recursos externos para investimentos em títulos. ?O investimento nos títulos financeiros é uma questão a ver. Vamos aguardar até que ponto isso acontece. De fato existem outros indicadores em andamento não só no Brasil como no exterior?, disse.

Contas externas

Meirelles minimizou a deterioração das contas externas, que tem ocorrido nos últimos meses. Ele negou que haja qualquer preocupação com a expectativa de aumento do déficit em transações correntes. Segundo ele, o regime de câmbio flutuante e o nível das reservas internacionais dão segurança ao País para reagir a situações desfavoráveis.

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Segundo ele, o regime cambial tem mostrado "flexibilidade e eficácia nas várias situações econômicas". "As forças de mercado poderão reagir às diversas previsões dos analistas sobre o futuro dos fluxos", disse Meirelles. Questionado sobre a piora recente das transações correntes, Meirelles disse que o "importante não é a situação a cada momento". "Temos condições de ter o regime providenciando os ajustes necessários na medida em que as condições macroeconômicas mudem", completou.

Para reforçar a avaliação de que as contas externas não preocupam, Meirelles afirmou que o nível das reservas internacionais é "adequado para fazer face a qualquer momento mais brusco" da economia. Ontem, as reservas estavam em US$ 195 850 bilhões.

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