O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, disse nesta terça-feira, 7, que o déficit primário do setor público – que, além do governo federal, inclui estatais, Estados e municípios – poderá fechar 2018 com um saldo em torno de R$ 25 bilhões abaixo da meta fixada ao exercício: R$ 161,3 bilhões.
“Se você juntar empoçamento de liquidez com o resultado das estatais e o resultado de estados e municípios, estamos falando em resultado fiscal que pode ser R$ 25 bilhões melhor do que a meta”, disse o secretário em entrevista concedida a jornalistas após abrir congresso promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).
Segundo Mansueto, é “bem provável” que as estatais entreguem superávit para as contas públicas, ao invés do déficit de R$ 163 milhões previsto no último relatório de programação orçamentária. “Com o resultado que estamos tendo de Petrobras e outras estatais, possivelmente o número vai melhorar ainda mais.”
Já do lado dos Estados e municípios, o superávit pode alcançar R$ 10 bilhões, acima do saldo positivo de R$ 1,2 bilhão previsto atualmente.
Em paralelo, o secretário informou que o governo central tem uma sobra de R$ 12,7 bilhões referente ao limite de gastos que não vem sendo utilizado pelos ministérios. “Colocamos na programação que isso será gasto. Mas se não for gasto, representará uma melhora de R$ 12,7 bilhões em relação à meta”, comentou Mansueto.