O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Parlamento não foi o responsável pelo Brasil ter sido rebaixado na semana passada pela agência de classificação Standard & Poor’s. “Só não posso aceitar que o Congresso seja responsabilizado por uma questão que não é culpa do Congresso”, disse.

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Segundo Maia, o Parlamento votou matérias “que todos consideravam quase impossíveis”, como a reforma trabalhista. “O governo encaminhou uma reforma trabalhista tímida, com cinco artigos. Nós mudamos mais de cem artigos. Estamos colaborando muito com a economia brasileira, com a terceirização, com o pré-sal, o projeto da recuperação fiscal dos Estados”, disse.

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Ele ressaltou ter certeza de que os parlamentares “têm uma participação importante” na melhoria dos indicadores econômicos do País.

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Disputa

Na semana passada, Maia e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se estranharam após o rebaixamento da nota do Brasil. Meirelles indicou em algumas conversas com jornalistas que parte da culpa poderia ser atribuída ao fato de o Congresso não ter aprovado a reforma da Previdência.

Maia, por sua vez, argumentou nos bastidores que a mudança no rating foi reflexo do esforço do governo em tentar se blindar das denúncias contra o presidente Michel Temer – o que teria atrasado a tramitação da reforma.

O deputado disse até ter ficado magoado com o ministro da Fazenda. Ambos são cotados como pré-candidatos à presidência da República.

“A gente votaria a reforma da Previdência na primeira semana de junho. Não temos culpa da denúncia”, comentou, referindo-se à primeira denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.