O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um evento da Caixa Econômica Federal hoje para mais uma vez provocar a oposição. Em tom irônico, Lula disse que era melhor não mostrar números da Caixa do seu governo e do governo anterior, que pouco antes foram apresentados a uma plateia pela presidente do banco federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, apontando o salto no volume de financiamentos nos últimos anos.

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“Eu nem queria que ninguém do outro governo visse. Sinceramente, se puder esconder, esconda. Ou mostra só os nossos ou só os deles. Porque é uma vergonha. Porque este País passou 25 anos atrofiado. Esse País ficou paralisado, não investia em habitação”, afirmou o presidente. Segundo Lula, em seu governo, o País começou a se encontrar e em cerca de seis anos será a quinta economia do mundo. “Este País se encontrou com seu destino. Não há espaço para a pequenez”, acrescentou.

O presidente disse que não há expectativa de retrocesso para o Brasil porque o “povo está aprendendo a ter autoestima”. De acordo com o presidente, foi vencida a tese de que tudo que é público é ruim e tudo o que é privado é bom, tanto que muitas empresas do setor privado buscam recursos humanos formados no serviço público.

Ele rebateu a tese de que o governo contou com golpes de sorte, como a descoberta do petróleo na camada pré-sal. “Para encontrar petróleo no pré-sal, foram cinco vezes mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento”, disse Lula. Ele ressaltou ainda que muitos diziam que o Brasil não teria condições de produzir plataformas, sondas, navios para explorar petróleo, e hoje está provado o contrário.

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De acordo com o presidente, nessa crise, o Brasil saiu muito melhor que os países desenvolvidos e não precisou dos palpites do Fundo Monetário Internacional (FMI) para isso. O presidente destacou o papel dos bancos públicos nesse processo, em particular o da Caixa, que promovia o evento no qual foi feito o discurso.

Em seu pronunciamento, o presidente aproveitou para criticar a Seleção Brasileira da última Copa do Mundo. Ele disse que faltou um líder que, como o jogador Didi em 1958, pegasse a bola no gol quando a Holanda marcou seu primeiro tento e convocasse os jogadores a vencer a partida. “O ser humano é 60% a 70% emoção e motivação”, afirmou.

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A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, em discurso no mesmo evento, mostrou números sobre o forte crescimento da instituição em diversas frentes nos últimos anos, superando a fase em que a autoestima do banco federal era baixa. “Não sei se a gente virou um cisne, mas certamente a gente não é mais um patinho feio”, afirmou.