Para Lula, empresários choram demais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que convocará uma reunião com representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das federações de indústria e comércio do País, para fazer um desafio: o de que os empresários aprendam a vender (no exterior) mais do que reclamar.

A declaração foi em seu discurso a cerca de 150 empresários brasileiros e indianos, em Nova Délhi. Dentre os do Brasil havia representantes de grandes empresas exportadoras.

Mais tarde, Lula afirmou que estava apenas sendo honesto com os empresários, que não se pode esperar fazer negócios sem sair do Brasil e que há poucos exportadores comparado ao número de empresas existentes no Brasil.

“Não é o momento para o empresário ficar dentro do país chorando pelo que não ocorre.” Segundo Lula, não é possível cobrar investimentos que o governo não tem e é preciso ser mais criativo. Para o presidente, não adianta chorar na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo fim dos subsídios porque ele não virá enquanto “estivermos chorando.

Mas virá no dia em que eles (os países desenvolvidos) perceberem que temos novas opções de negócios. Eles virão atrás de nós para oferecer o que estão nos negando nos últimos 20 dias.”

Reação

“Eu não entendi a posição do presidente”, disse o vice-presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Segundo ele, o aumento das exportações brasileiras no ano passado e o superávit comercial mostram que os empresários não estão acomodados. Ele se referiu ao superávit histórico da balança comercial conquistado no ano passado e o desempenho recorde previsto para ser alcançado este ano, que já atinge a marca de R$ 1,2 bilhão.

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