Opinião

Para Levy, deve-se avaliar interesse social em meta

Na opinião do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é preciso “discutir se há interesse da sociedade para garantir a meta de primário”, para o próximo ano, que ele afirmou ser de 0,70% do PIB. Ele disse neste sábado que há um “compromisso do governo” em cumprir este objetivo.

No campo das receitas para 2016, Levy afirmou que “há diversas coisas sendo consideradas, como venda de ativos do governo”. Por outro lado, manifestou que em projetos de infraestrutura há bom potencial, que inclusive chama a atenção de países membros do G-20.

“Estamos discutindo dentro do Congresso e sociedade questões fiscais”, afirmou o ministro. “O governo está empenhado, inclusive como tratar de renuncias fiscais”, disse. “Há avanços. O Senado também votou a emenda para não ter novos gastos de despesas”, disse, ressaltando várias vezes que é preciso encontrar um meio para “viabilizar o ajuste fiscal”. “Na democracia se faz as coisas por persuasão”, enfatizou.

Levy também apontou que a regularização de recursos de brasileiros que estão no exterior sem declaração ao fisco deve gerar R$ 20 bilhões de uma só vez. A repatriação, segundo ele, pode ser votada na próxima semana no Congresso.

Para Levy, aplicar políticas diferentes na área de tributos para os setores produtivos da economia “é ruim”, inclusive porque provoca efeitos negativos sobre a arrecadação federal. “Evitar a erosão da base tributária é evitar a piora da distribuição de renda”, comentou. O ministro Levy fez os comentários ao lado do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, depois de ambos participarem das reuniões do G-20 na capital da Turquia.

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